29/11/2011

Papa diz que ''o respeito pelo ser humano e o respeito pela natureza são a mesma coisa''

O Papa afirmou hoje perante sete mil estudantes reunidos no Vaticano que o “respeito pelo ser humano e o respeito pela natureza são a mesma coisa”.
“Hoje, mais do que nunca, parece claro que o respeito pelo ambiente não pode esquecer o reconhecimento do valor da pessoa humana e da sua inviolabilidade em todas as fases da vida e em qualquer condição”, salientou Bento XVI, segundo o News.va, portal de informação da Santa Sé.
Na audiência o Papa realçou que a Igreja “aprecia as descobertas e as investigações científicas mais importantes” mas “nunca deixa de recordar” que se compreende melhor a “verdadeira e profunda identidade humana” se houver respeito pelo rastro de Deus na sua criação.
“Se o homem se esquece de ser colaborador de Deus no seu trabalho, pode causar violência às coisas criadas e provocar estragos que têm sempre consequências negativas, inclusive sobre o homem”, acrescentou Bento XVI no encontro realizado no âmbito de uma iniciativa da fundação italiana ‘Irmã Natureza’.
Depois de manifestar o seu “apoio” aos jovens enquanto protetores da natureza, o Papa dirigiu-se aos professores e autoridades políticas para “sublinhar a grande importância da educação no campo da ecologia”.
“É já evidente que não existe um bom futuro para a humanidade sobre a terra se não nos educamos todos num estilo de vida mais responsável ante a Criação”, que se “aprende antes de tudo na família e na escola”, referiu o Papa, acrescentando que esta tarefa deve ser sustentada pelas instituições competentes.
O encontro ocorreu na véspera do aniversário da declaração de São Francisco de Assis como patrono da natureza, proclamada pelo Papa João Paulo II a 29 de novembro de 1979.
“O frade Francisco, fiel à Sagrada Escritura, convida-nos a reconhecer na natureza um livro estupendo que nos fala de Deus, da sua beleza e bondade”, apontou Bento XVI.
Bento XVI referiu-se este domingo, no Vaticano, aos trabalhos da convenção da ONU sobre as alterações climáticas e o protocolo de Quioto, que arrancam hoje na cidade sul-africana de Durban.
Na oração do Angelus o Papa fez votos para que os participantes “concordem com uma resposta responsável, credível e solidária” quanto ao “preocupante e complexo fenómeno” das mudanças climáticas.

Fonte: Agência Ecclesia

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