23/12/2011

O aniversariante do Natal

 Roberto Macêdo*

A cada período natalino somos absorvidos pelo excesso de festejos e confraternizações, pela pressão consumista e por enxurradas de mensagens de boas festas. O presentear parentes e amigos, que deveria ser um ato espontâneo e prazeroso, passou a ser quase uma obrigação social, pela expectativa gerada no outro, podendo levar inclusive a um estado de angústia para quem não deu e de frustração para quem não recebeu.
O Papai Noel substituiu o aniversariante, Jesus Cristo. Hoje, as crianças não conseguem perceber o sentido original do Natal, que é a comemoração do nascimento de Cristo. O que fica sendo esperado são os presentes trazidos pelo velhinho. Na verdade, não só as crianças, mas todos nós estamos hoje envolvidos pelas trocas materiais e empobrecidos pelo vazio espiritual, que nos distanciam do verdadeiro sentido da festa natalina.
Como verdadeiro aniversariante, é Cristo quem deve estar recebendo nossos presentes e atenções. E o melhor presente que podemos Lhe dar neste momento é fazermos um profundo e sincero exame de consciência e procurarmos a confissão para estabelecer uma nova vida na relação com Deus.
Como prova de que Deus está sempre a nos esperar para um reencontro, lembramos aqui a parábola do filho pródigo, que fala de um filho que pegou antecipadamente toda a sua herança e saiu sozinho em busca da sua felicidade. Gastou tudo e chegou à extrema miséria. Mesmo com muito temor, resolveu voltar para a casa paterna e foi surpreendido pela grande demonstração de amor, proporcionada pelo acolhimento do pai. Isto acontece a cada confissão que fazemos.
Na nossa avaliação natalina é importante vermos como nos comportamos com os nossos semelhantes, nas nossas obrigações para com a família, o nosso empenho no trabalho, o nosso papel na sociedade e o quanto estamos afastados ou próximos de Cristo. Devemos também agradecer a Deus pelo muito de bom que temos recebido, e buscar muitas respostas que nos aliviarão de angústias, do que nos deprime e do que nos produz sentimento de infelicidade.
Cristo é amor. Com o seu nascimento, veio salvar o mundo do pecado. E o fez através do sacrifício supremo da Sua vida, numa demonstração incondicional de Seu amor por nós. Deixou-nos inúmeros exemplos da importância do amar, ao nos ensinar que o principal mandamento é “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”. Quando praticarmos este mandamento, transformamos o mundo.
Com o desejo de melhorar as condições de nossa elevação pessoal, resultante do exame realizado sobre como vivemos o ano que está terminando e animados pelos bons propósitos para 2012, uma boa prática é criarmos o hábito de, ao despertar, termos como primeira ação agradecer a Deus pela vida, pela saúde, pela família, pelo trabalho, pelo emprego, pelos amigos, enfim, por estarmos construindo o nosso merecimento ao verdadeiro amor de Cristo.
Artigo publicado originalmente no jornal O Povo de 21 de dezembro de 2011 e reproduzido neste site com autorização do autor, via assessoria de imprensa da FIEC

*Roberto Macêdo é empresário - roberto@pmacedo.com.br

Nenhum comentário :

Postar um comentário