Futuro da economia mundial será discutido nesta 42º edição do Fórum.
Líderes mundiais estarão reunidos na tarde desta terça-feira (25).
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O pessimismo sobre o futuro econômico deu o tom do debate sobre o estado do capitalismo, realizado na abertura do Fórum Econômico Mundial nesta quarta-feira (25) na cidade suíça de Davos, antes de o evento ser inaugurado oficialmente ao final da tarde pela chefe do governo alemão, Angela Merkel.
Desemprego, oportunidades para os jovens, os mais afetados pela falta de emprego, desigualdade, competitividade ou inovação marcaram a sessão de abertura deste fórum que busca reformar o capitalismo.
Esse mesmo capitalismo, que levou desenvolvimento ao mundo, em particular à Europa - derrubada agora pela crise da dívida e por uma profunda recessão -, tem gerado um mar oportunidades para o mundo emergente, liderado por Brasil, China e Índia.
"Se formos ao Brasil, teremos uma visão muito diferente de onde está o mundo, assim como se formos à Índia", disse o diretor-executivo Alcatel-Lucent, Ben Verwaayen.
Para David Rubenstein, co-fundador e diretor do fundo de investimentos americano Carlyle - que acaba de pagar um total de US$ 134 milhões em dividendos ao término de um excelente ano para sua firma -, o que tem que fazer o Ocidente é reconhecer que "temos alguns problemas graves".
"Creio que teremos de três a quatro anos para melhorar o modelo econômico vigente e se não o fizermos rapidamente perderemos a oportunidade de competir com o capitalismo do mercado emergente ou capitalismo de Estado", afirmou.
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Para Verwaayen, a globalização significa que mesmo que os governos tomem decisões a nível nacional, a "realidade é que a maioria das decisões será gerada a nível regional ou a nível global".
"Temos que redesenhar esse modelo" e "parar com a avareza que prevaleceu no sistema atual", disse Sharan Burrow, secretária-geral da Confederação Sindical Internacional (ITUC), após recordar que há mais de 200 milhões de pessoas sem emprego no mundo e 45 milhões que entram no mercado de trabalho a cada ano.
Burrow acusa os mercados financeiros de "assassinar" a economia real e acusou os bancos de serem os "maiores assassinos do planeta".
O professor de Finanças da Universidade de Chicago, Raghuram G. Rajam, ressaltou a necessidade de reformar os bancos para que estes não acreditem que são muito grandes para quebrar.
A situação econômica da Europa e do planeta será esmiuçada nesta 42º edição do Fórum, que reúne a nata da política e das lideranças econômicas do mundo em Davos.
A chefe do governo alemão, Angela Merkel, será a encarregada de inaugurar oficialmente o Fórum a partir das 16h30 GMT (14H30 de Brasília), após as palavras do fundador, Klaus Schwab.
A partir desta reunião, que conta com cerca de 2.600 participantes, o novo termo para definir o risco global para 2012 é "distopia", ou "antiutopia", em oposição à utopia, e pode ser entendido como a "desilusão" gerada pelo distanciamento do estado de bem-estar e os indicadores econômicos.
Em Davos não apenas a economia será debatida nos cinco dias de evento. Nas dezenas de debates diários que oferece a agenda, a maioria deles fechados à imprensa, serão abordados também temas como gestão energética, segurança, novas lideranças, a criatividade no trabalho e a mente e a máquina.
Vários chefes de Estado e de governo, entre eles, o mexicano Felipe Calderón, o peruano Ollanta Humala e o panamenho Ricardo Martinelli.
Estarão presentes ainda o primeiro-ministro britânico, David Cameron, o presidente israelense, Shimon Peres, e o secretário americano Tesouro, Timothy Geithner.
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