05/01/2012

Vaticano: Bento XVI nomeia arcebispo português para liderar tribunal da Cúria Romana

D. Manuel Monteiro de Castro assume cargo de penitenciário-mor, deixando Congregação para os Bispos


Cidade do Vaticano, 05 jan 2012 (Ecclesia) – Bento XVI nomeou hoje o arcebispo português D. Manuel Monteiro de Castro, de 73 anos, como penitenciário-mor, que vai assim chefiar um dos três tribunais da Cúria Romana.
O prelado substitui no cargo o cardeal Fortunato Baldelli, de 76 anos, que apresentou a sua renúncia por ter atingido o limite de idade determinado pelo Direito Canónico, refere um comunicado publicado na sala de imprensa da Santa Sé.
A Penitenciaria Apostólica tem como competência as matérias que concernem “ao foro interno [nomeadamente as ligadas à confissão] e às indulgências”.
D. Manuel Monteiro de Castro está na Cúria Romana desde julho de 2009, quando assumiu o cargo de secretário da Congregação para os Bispos, que agora deixa de ocupar, tendo sido posteriormente nomeado por Bento XVI como consultor da Congregação para a Doutrina da Fé e secretário do Colégio Cardinalício.
Natural de Santa Eufémia de Prazins, Guimarães, o arcebispo português foi ordenado padre em 1961 e bispo em 1985.

 
D. Manuel Moneteiro de Castro tem uma longa experiência diplomática ao serviço da Santa Sé, que o fez passar pelo Panamá, Guatemala, Vietname, Austrália, México, Bélgica, Trindade e Tobago, África do Sul e Espanha, onde permaneceu entre 2000 e 2009; foi também observador permanente do Vaticano na Organização Mundial do Turismo.
O perfil da Penitenciaria Apostólica, disponível na página do Vaticano, precisa que os prelados do tribunal se reúnem periodicamente “sob a presidência do cardeal penitenciário-mor”.
No caso de D. Fortunato Baldelli,  antecessor de D. Manuel Monteiro de Castro, a criação como cardeal chegou no primeiro consistório convocado por Bento XVI após a nomeação para este cargo.
Portugal conta, neste momento, com dois cardeais, mas D. José Saraiva Martins completa 80 anos de idade esta sexta-feira, deixando assim de fazer parte dos “eleitores” num eventual conclave, ao contrário do cardeal-patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, de 75 anos.
OC

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