10/01/2012

Vaticano: Santa Sé tem relações diplomáticas com 179 Estados

Presença nas organizações internacionais foi reforçada em 2011


Cidade do Vaticano, 09 jan 2012 (Ecclesia) – A Santa Sé mantém atualmente relações diplomáticas com 179 Estados, incluindo Portugal, somando-se ainda a União Europeia, a Ordem Soberana de Malta e a Organização para a Libertação da Palestina, revelou hoje o Serviço de Informação do Vaticano.
Os dados foram divulgados por ocasião do encontro anual entre Bento XVI e os embaixadores acreditados junto da Santa Sé, no qual o Papa manifestou a sua “alegria” pelo estabelecimento de relações diplomáticas com a Malásia, no último ano.
“Sinais da cooperação entre a Igreja Católica e os Estados são os acordos que foram assinados, em 2011, com o Azerbaijão, Montenegro e Moçambique. O primeiro já foi ratificado; espero que em breve ocorra o mesmo com os outros dois, e cheguem a bom termo aqueles que estão em fase de negociação”, disse ainda.
Em relação às organizações internacionais, revela o Serviço de Informação do Vaticano, a Santa Sé está presente na ONU como “Estado observador” e é membro de sete organizações ou agências do sistema das Nações Unidas, sendo observador noutros oito e membro ou observador em cinco organizações regionais.
Segundo Bento XVI, “a Santa Sé deseja estabelecer um diálogo profícuo com as Organizações internacionais e regionais”, sublinhando “o facto de os países membros da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) terem acolhido a nomeação de um Núncio Apostólico [embaixador da Santa Sé]”.
“Não posso deixar de mencionar que a Santa Sé reforçou a sua longa colaboração com a Organização Internacional para as Migrações ao tornar-se membro pleno da mesma, no passado mês de dezembro”, prosseguiu.
O Papa considera que esta adesão demonstra o compromisso da Santa Sé e da Igreja Católica “ao lado da comunidade internacional, na busca de soluções adequadas para este fenómeno [migrações] que se reveste de muitos aspetos, desde a proteção da dignidade das pessoas até à solicitude pelo bem comum das comunidades que os recebem e daquelas donde provêm”.
“Animada pela certeza da fé, a Santa Sé continua a dar à comunidade internacional o seu contributo próprio, guiada por um duplo intento que o Concílio Vaticano II – cujo cinquentenário se celebra este ano – definiu claramente: proclamar a sublime vocação do homem e a presença nele dum germe divino, e oferecer à humanidade uma cooperação sincera a fim de instaurar a fraternidade universal que a esta vocação corresponde”, disse Bento XVI, no final do seu discurso.
OC

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