Padre Federico Lombardi diz que a Santa Sé tem colaborado com as autoridades italianas no esclarecimento de todas as dúvidas
Cidade do Vaticano, 09 fev 2012 (Ecclesia) – O porta-voz do Vaticano refutou em comunicado as acusações de ocultação de operações de ‘lavagem de dinheiro’ por responsáveis do Instituto para as Obras de Religião (IOR) e da Autoridade de Informação Financeira (AIF) da Santa Sé.
Segundo o padre Federico Lombardi, as informações divulgadas esta quarta-feira pelo jornal italiano ‘l’Unità’ revelam uma “notável falta de seriedade”.
Em causa, segundo o periódico, estariam investigações a quatro padres, que teriam utilizado o IOR em operações ilegais, alegadamente marcadas pelo “silêncio do Vaticano”.
A nota oficial do diretor da sala de imprensa da Santa Sé fala em “notícias velhas” e “afirmações infundadas”, frisando que tem existido, por parte do Vaticano, cooperação com “a magistratura e as outras autoridades italianas”.
Segundo o padre Lombardi, terá sido a ação do diretor-geral do IOR (conhecido como Banco do Vaticano) a permitir “a acusação de uma das pessoas indicadas”.
O porta-voz do Vaticano diz que “não é verdade” que o IOR não tenha fornecido informação à Autoridade de Informação Financeira da Santa Sé e que esta, por sua vez, tenha ocultado essas informações à Unidade de Informações Financeira da Itália.
“O efeito difamatório do artigo resulta da utilização do termo ‘incriminado’, em relação ao presidente do IOR, Ettore Gotti Tedeschi, e do diretor-geral, Paolo Cipriani. Nem um nem outro foram alguma vez incriminados, mas sim indagados”, assinala o documento.
O padre Federico Lombardi conclui com a informação de que um dos padres mencionados foi declarado inocente em julho de 2011, “com sentença confirmada em apelo”.
Em dezembro de 2010, Bento XVI criou a AIF, para garantir maior transparência nas finanças da Santa Sé (órgão de governo da Igreja Católica) e combater o crime económico.
OC
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