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O Papa Bento XVI considerou hoje (28), em sua visita a Cuba, que o direito à liberdade religiosa, tanto em sua dimensão individual como comunitária, manifesta a unidade da pessoa humana, que é cidadão e crente por sua vez. Durante a celebração de uma missa pública na Praça da Revolução de José Martí desta capital – a segunda durante sua permanência em Cuba – o Sumo Pontífice expressou ainda que esta liberdade religiosa legitima que os crentes ofereçam uma contribuição à edificação da sociedade.
Reconheceu que em Cuba se está dando passos para que a Igreja leve adiante "sua missão inevitável de expressar pública e abertamente sua fé”. Ao mesmo tempo considerou que é preciso seguir adiante e expressou seu desejo de animar às instâncias governamentais da nação a reforçar o já alcançado e a avançar por este caminho de genuíno serviço ao bem comum de toda a sociedade cubana.
O esforço da Igreja consolida a convivência, alimenta a esperança em um mundo melhor, cria condições propícias para a paz e o desenvolvimento harmônico, ao mesmo tempo em que estabelece bases firmes para afiançar os direitos das gerações futuras, manifestou.
Bento XVI recordou a figura do ilustre sacerdote Félix Varela, que passou à história de Cuba como o primeiro que ensinou o povo a pensar graças ao seu trabalho educativo e formador.
Na cerimônia eucarística – celebrada em um altar erguido para a ocasião, ante a imagem do Herói Nacional de Cuba, José Martí, e à que assistiu o presidente cubano, Raúl Castro-, destacou o anseio humano pela verdade, cuja busca supõe sempre um exercício de autêntica liberdade.
Cuba e o mundo necessitam de mudanças, mas estas se darão somente se cada um está em condições de perguntar-se pela verdade e se decide a tomar o caminho do amor, semeando reconciliação e fraternidade, assinalou.
Ante centenas de milhares de cubanos e estrangeiros congregados para escutar sua palavra, o Bispo de Roma agradeceu as palavras do Cardeal Jaime Ortega, Arcebispo de La Habana, e estendeu sua saudação aos sacerdotes, seminaristas, religiosos, fiéis e autoridades presentes na celebração.
Bento XVI chegou a Cuba na segunda-feira passada para iniciar uma visita apostólica de três dias, que também incluiu uma missa na província oriental de Santiago de Cuba e o intercâmbio com autoridades governamentais e religiosas.
A permanência do Sucessor de Pedro, realizada sob o lema Peregrino da Caridade, se enquadra no Ano Jubilar pelo 400º aniversário do descobrimento da imagem da Virgem da Caridade do Cobre, considerada pelos apostólicos a Padroeira de Cuba.
Fidel Castro saudará o Papa Bento XVI
Fidel Castro saudará hoje nesta capital o Papa Bento XVI, que conclui sua viagem apostólica de três dias a Cuba. Em sua mais recente ‘Reflexões’, intitulada Os tempos difíceis da humanidade, o líder da Revolução Cubana adiantou o intercâmbio com o Sumo Pontífice e chefe de Estado da Cidade do Vaticano.
"Alegremente saudarei a Sua Excelência o Papa Bento XVI, como fiz com João Paulo II, um homem a quem o contato com as crianças e os cidadãos humildes do povo suscitava, invariavelmente, sentimentos de afeto”, escreveu.
A notícia é da Prensa Latina
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