15/03/2012

Porto: Bispo diz que catolicismo tem de ser mais do que «classificação sociológica ou cultural»

D. Manuel Clemente inicia ciclo de conferências destacando «notável colaboração» dos cristãos na história da humanidade


Porto, 15 mar 2012 (Ecclesia) – O bispo do Porto desafiou os cristãos da Diocese a fazerem da sua fé algo “substantivo”, para que a mesma seja mais do que uma “classificação sociológica ou cultural, em sentido fraco e questionável”.
D. Manuel Clemente falava na noite desta quarta-feira, ao iniciar um ciclo de conferências quaresmais na Sé portuense, dedicadas ao tema da evangelização.
O vice-presidente da Conferência Episcopal Portuguesal elogiou, a este respeito a “notável colaboração de tantos discípulos de Cristo para a história da humanidade que com todos compartilham”.
“Havemos de maravilhar-nos com a infinda capacidade do Evangelho para recriar ‘todas as coisas em Cristo’, nas mais diversas culturas e civilizações, tanto nas circunstâncias mais extremas como na habitualidade mais comezinha”, sublinhou.
O prelado, especialista em História da Igreja, considera que os dois milénios de cristianismo devem ser vistos à margem de “leituras encomiásticas, que só reparam nos altos cumes” e de “leituras destrutivas”.
Nestes dois mil anos, acrescentou, “o processo de exortação e aplicação” da mensagem cristã não foi “propriamente linear, mas como que cíclico, entre épocas de evangelização renovada e adaptada a circunstâncias próprias e tempos de concretização dela, mais ou menos conseguida”.
D. Manuel Clemente recordou que em 2012 vai decorrer o Sínodo dos Bispos sobre a Nova Evangelização, a realizar em outubro, comemorando também os cinquenta anos da abertura do último Concílio Ecuménico, o Vaticano II.
“Nessa altura se abrirá também o Ano da Fé, que marcará certamente o nosso ritmo diocesano até novembro de 2013”, frisou.
Para o bispo do Porto, “cristianismo é conversão constante, vivida comunitariamente a partir duma Palavra sempre proclamada e ouvida, que oferece a cada tempo e circunstância a possibilidade de se realizarem pascalmente”.
“Aproximemo-nos então de Cristo, de coração disponível e espírito atento, correspondendo à sua exortação e companhia oferecida”, convidou.
O ciclo de catequeses prossegue nas próximas duas quartas-feiras, às 21h30, na Catedral do Porto.
OC

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