Dez mil moradores vencem dificuldades com adaptações.
Correios e cartórios funcionam em cima de pedaços de madeira.
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O município de Anamã, a 165 quilômetros de Manaus, foi invadido pelo Rio Solimões há um mês. A cidade está em uma área de várzea e alguns bairros sempre sofrem com a cheia, mas esse ano foi diferente. Todas as ruas foram tomadas pela água e os dez mil moradores tiveram que se adaptar. A prefeitura local decretou Estado de Calamidade.
Diferente de outras cidades amazônicas que sofrem os efeitos da enchente esse ano, em Anamã não há pontes para pedestres transitarem. Todos os deslocamentos são feitos de canoa. Segundo o Coordenador de Apoio às Vítimas da Enchente José Luiz Batista, “o dinheiro que seria usado para as pontes, preferimos usar para comprar tábuas para que as pessoas possam levantar os assoalhos e evitar mais prejuízos. A cidade inteira está debaixo d´água”, afirma.
Na parte baixa da cidade, o nível do rio está próximo aos telhados. Mais de 1,9 mil pessoas tiveram que deixar as casas e agora vivem com parentes, em hotéis ou barcos alugados pela prefeitura, que também distribui gasolina e aluga catraias para o transporte público coletivo dentro da cidade.
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Apesar do Estado de Calamidade decretado esta semana, os moradores tentam se adaptar a nova rotina. Cartórios e Correios funcionam em cima de marombas, como são chamados na Região os assoalhos extras. Em vez de caminhão, a 'canoa do lixo' passa recolhendo dejetos que vão para outra cidade.
As lojas do pequeno comércio local continuam abertas, aguardando os clientes que diminuíram. Em cima de tábuas de madeira, padaria, mercearia, salão de beleza. “A loja tem que estar aberta, se fechar é pior ainda”, diz Ione Martins que tem uma loja de roupas na principal rua da cidade.
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