Valor destinado a cada um dos estados vai depender de plano diretor.
Governador do Ceará pretende investir no Complexo Industrial do Pecém.
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Participaram do evento oito dos nove governadores
Os estados do Nordeste do Brasil vão receber um aporte de R$ 1,2 bilhão para investimentos em empreendimentos de grande porte, segundo anunciou o presidente do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), Jurandir Santiago. Segundo Santiago, R$ 600 milhões serão emprestados pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e outra metade pelo Banco do Nordeste.
Jurandir explica que ainda não há definido o quanto cada estado vai receber do total. Ele diz que cada estado deve desenvolver um plano diretor de investimento considerando a necessidade de cada estado. A partir do plano diretor, o valor de cada estado será definido.
O anúncio foi feito durante o "Nordeste Brasil: oportunidades e negócios", evento realizado em Fortaleza nesta sexta-feira (18), no Palácio da Abolição, sede do governo do estado do Ceará. Compareceram no evento oito dos nove governadores do Nordeste. Roseana Sarney não compareceu.
O governador do Ceará, Cid Gomes, afirmou que o valor destinado ao Ceará será aplicado para concluir as obras da Zona de Processamento de Exportação e a Companhia Siderúrgica do Pecém, no litoral do Ceará. Os empreendimentos, que devem ampliar a capacidade de exportação no Ceará, fazem parte do Complexo Industrial e Siderúrgico do Pecém.
Outro projeto do plano diretor do Ceará para angariar recursos, de acordo com Cid Gomes, é adquirir áreas para futuros distritos industrial, especialmente nas proximidades da linha Transnordestina, que deve ligar os estados Pernambuco, Piauí e Ceará por linhas de trens. O governador do Ceará afirmou ainda que pretende criar três portos secos - um na região Norte do estado, outro no Sul e o terceiro no Sertão Central - para escoamento de produção do estado.
Os empréstimos de R$ 1,2 bilhão, de acordo com o presidente do Banco do Nordeste, terá carência de quatro anos e cada governo poderá pagá-lo em até 20 anos. O juro vai depender da flutuação cambial. Santiago diz também que o valor poderá ser adquirido pela iniciativa privada para investimentos infraestruturais de desenvolvimento.
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