11/06/2012

Busca da santidade

O intelectual inglês Paul Johnson é um dos grandes historiadores contemporâneos. Em seu livro "Os heróis", Paul Johnson destaca a importância das lideranças morais. "Os heróis", diz Johnson, "inspiram, motivam. (…) Eles nos ajudam a distinguir o certo do errado e a compreender os méritos morais da nossa causa". Os comentários de Johnson trazem à minha memória um texto que exerceu forte influência no rumo da minha vida: Amar o mundo apaixonadamente, homilia proferida por São Josemaria Escrivá, fundador do Opus Dei e primeiro grão-chanceler da Universidade de Navarra, durante missa celebrada no campus daquela prestigiosa instituição. 
São Josemaria - cuja festa a Igreja celebra no dia 26 de junho - foi um mestre na busca da santidade no trabalho profissional e nas atividades cotidianas. Seus ensinamentos se contrapõem a uma tendência cultural do nosso tempo: o empenho em confrontar verdade e liberdade. Essa relativização da verdade não se manifesta apenas no campo das ideias. A tese, por exemplo, de que é necessário ouvir os dois lados de uma mesma questão é irrepreensível; não há como discuti-la sem destruir os fundamentos do jornalismo. Só que passou a ser usada para evitar a busca da verdade. A tendência a reduzir o jornalismo a um trabalho de simples transmissão de diversas versões oculta a falácia de que a captação da verdade dos fatos é uma quimera. E não é. O bom jornalismo é a busca apaixonada da verdade. Amar o mundo apaixonadamente não é apenas um texto moderno e forte. Sua mensagem, refletida, serve de alavanca para o exercício da nossa atividade profissional.

*Professor e doutor em Comunicação 
Fonte: Diário do Nordeste

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