19/07/2012

Boca perde atleta que mais incomodou Corinthians na ida


Roncaglia, autor do gol argentino na Bombonera, não entra em campo na volta

Boca Juniors x Corinthians, primeira partida da final da Libertadores 2012, no Estádio La Bombonera, em Buenos Aires
Boca Juniors x Corinthians, primeira partida da final da Libertadores 2012, no Estádio La Bombonera, em Buenos Aires - Santiago Pandolfi/Reuters
"O Boca já venceu os brasileiros na final, sim. Só que cada jogo é um jogo, cada história é uma história", disse Tite
Ele provocou, arrumou confusão, marcou Emerson de perto, subiu bastante ao ataque e ainda marcou um gol no primeiro jogo, no estádio La Bombonera. Mas o lateral direito Facundo Roncaglia, o jogador do Boca Juniors que mais incomodou o Corinthians na primeira partida da final da Libertadores, não participará da grande decisão, na quarta, em São Paulo. Desfalque de última hora para os argentinos, Roncaglia ficou sem contrato com o Boca no fim de junho, e não conseguiu um acerto que permitisse a ele jogar a partida de volta, no Pacaembu. Por causa da ausência de Roncaglia, o técnico Julio Cesar Falcioni será forçado a mexer na equipe que empatou com o Corinthians em casa.
"A verdade é que estou muito decepcionado, porque até o último momento trabalhamos para fazer tudo o que pediram. Mas está claro que não foi o suficiente. É uma pena por todos no clube que tanto fizeram", lamentou o lateral, em entrevista ao jornal argentino Olé, ao explicar o problema. Roncaglia já acertou com a Fiorentina, da Itália, e esperava fechar um seguro que permitisse a ele jogar a decisão sem temer uma contusão. O agente do atleta pediu cláusulas que atrapalharam o negócio, irritando o Boca - e impossibilitando sua ida à final. Antes da confusão com Roncaglia, o Boca já tinha sofrido para acertar outros dois contratos de última hora, de Schiavi e Cvitanich.
Natacha Pisarenko/AP
Lateral do Boca Juniors, Facundo Roncaglia
Roncaglia em ação: provocações em La Bombonera, na quarta-feira
Alfinetada - O elenco do Boca chega ao Brasil na manhã desta terça e, no mesmo dia, deverá fazer o treinamento para reconhecer o gramado do Pacaembu. Para conquistar seu sétimo título da Libertadores, o time argentino precisa de uma vitória simples. Um empate leva a decisão para a prorrogação e, caso persista a igualdade, o campeão será definido nos pênaltis. Antes do embarque rumo a São Paulo, jogadores como Orión e Riquelme se mostraram confiantes na possibilidade de vencer fora de casa. O Boca foi campeão da Libertadores em 2000, 2003 e 2007 jogando no Brasil, contra Palmeiras, Santos e Grêmio. Para Orión, os brasileiros se sentem "incomodados" com sua equipe.
Em São Paulo, o técnico Tite não quis entrar na discussão. "Não vou comentar nada não. São duas grandes equipes, com excepcionais jogadores. Temos respeito pelo trabalho do Boca e também exigimos respeito", desconversou. "Em termos estatísticos, Orión está falando a verdade. O Boca venceu os brasileiros, sim. Só que cada jogo é um jogo, cada história é uma história", lembrou o técnico. Enquanto Falcione corre para resolver os problemas do Boca, Tite está mais tranquilo, já que Jorge Henrique, que saiu machucado do primeiro jogo, foi liberado para participar do jogo. Assim, o time será o mesmo que começou a partida de Buenos Aires, com o "talismã" Romarinho no banco.
Quem levanta a taça? - Se a equipe titular está definida, há uma dúvida importante na cabeça de Tite. O técnico revelou que ainda não definiu quem vai ser o capitão do time - o jogador, que, em caso de título, terá o privilégio de receber a taça da competição. "Pode ser o Danilo ou o Alessandro. Se pudesse, daria a faixa de capitão a todos. Todos merecem essa condição aqui no Corinthians", afirmou ele na segunda-feira. A decisão, porém, ficará para o dia do jogo. O técnico não costuma deixar apenas um jogador com a faixa, promovendo uma espécie de rodízio entre os atletas mais experientes da equipe. Para ele, é uma forma de valorizar todos os integrantes do grupo.
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(Com agência Gazeta Press)

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