38.º Encontro Nacional da Pastoral Litúrgica chegou ao fim em Fátima
Fátima, Santarém, 27 jul 2012 (Ecclesia) – O presidente da Comissão Episcopal de Liturgia e Espiritualidade afirmou hoje em Fátima que a Igreja Católica deve estar atenta à “busca da espiritualidade” na sociedade atual e evitar que essa necessidade seja explorada.
D. Anacleto Oliveira falava aos jornalistas no final do 38.º Encontro Nacional da Pastoral Litúrgica (ENPL), que decorreu desde segunda-feira, reunindo cerca de 1200 participantes em volta do tema ‘Eucaristia, Sacramento da Caridade’. O bispo de Viana do Castelo destacou que muitas das ofertas feitas na área da espiritualidade visam o “enriquecimento” de quem as faz, falando mesmo em “aproveitamento” para fins “que não são cristãos”. “A espiritualidade cristã sem dúvida que nos enche e satisfaz, mas para nos abrir aos outros, ao próximo”, indicou o prelado. Segundo este responsável, as cerimónias litúrgicas na Igreja Católica celebram “a caridade, o amor de Deus” com “incidência” na vida quotidiana. Para o presidente da Comissão Episcopal responsável pelo setor, é preciso também evitar a “visão limitada e errada” que desvaloriza a Liturgia, com “efeitos negativos” na vivência cristã. “As celebrações litúrgicas proporcionam a experiência permanente do amor infinito de Deus, que nos dá nova força, nova luz para retomarmos sempre o que é específico do cristão”, observa. O bispo de Viana afirma, por isso, que o “segredo” está em juntar os momentos de celebração com a caridade, “duas dimensões da mensagem cristã”. O prelado referiu, por outro lado, é que há movimentos na Igreja em que a “dimensão pessoal é demasiado explorada”, evitando contactos com as “expressões oficiais” da comunidade católica. “Não podemos permitir isto”, destaca D. Anacleto Oliveira para quem a comunhão está no “cerne” da mensagem e da vida cristã. O presidente da Comissão Episcopal de Liturgia e Espiritualidade aludiu ainda à “música de espetáculo” feita por alguns grupos de inspiração cristã que entende não serem adequadas às celebrações litúrgicas. “Tudo tem a sua especificidade: temos momentos de festa em que nos divertimos, dançamos, com músicas e melodias próprias para isso, mas há outros lugares em que, de facto, precisamos de cuidar da mensagem”, assinalou. No final do ENPL, o bispo de Viana convidou os participantes a trazerem outras pessoas, em futuras edições, destacando o “ambiente familiar muito profundo” entre os que marcaram presença na iniciativa. PR/OC |
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