Laszlo Csatary, de 97 anos, é acusado de ter organizado a deportação de cerca de 16 mil judeus para Auschwitz
Publicação: 18/07/2012 09:28 Atualização:
Promotores húngaros anunciaram nesta quarta-feira que o nazista mais procurado do mundo foi detido em seu apartamento em Budapeste. Laszlo Csatary, de 97 anos, é acusado de ter organizado a deportação de cerca de 16 mil judeus da cidade húngara de Kassa para o campo de concentração de Auschwitz, um dos mais sangrentos centros de execução da Segunda Guerra Mundial. Segundo Tibor Ibolya, um dos promotores responsáveis pelo caso, Csatary foi levado para prestar depoimento. No questionamento, ele negou ser culpado e argumentou que estava “obedecendo ordens".
"Ele nega ser culpado pelos crimes", disse Ibolya, em entrevista coletiva nesta quarta-feira. "Um de seus argumentos é que ele estava obedecendo ordens", afirmou o promotor. "Diante da gravidade do caso, mas também pela necessidade de respeitar a presunção de inocência e sua idade, o juiz pode, em um primeiro momento, autorizá-lo a ir para casa. Nesse caso, a polícia confiscaria seu passaporte", afirmou.
Membros do Centro Simon Wiesenthal, especializado na caça a criminosos de guerra nazistas, afirmam que já enviaram aos promotores provas de que Csatary foi comandante da Polícia Real na cidade de Kassa em 1944, época da transferência dos judeus. Segundo ativistas, no campo de concentração, ele batia em mulheres com um chicote que carregava em seu cinto e as obrigava a cavar trincheiras no chão congelado com as próprias mãos.
Após a vitória dos Aliados, Csatary fugiu para Kassa - agora rebatizada de Kosice, na Eslováquia. O comandante foi condenado à morte à revelia em 1948, por um tribunal tcheco, mas desapareceu misteriosamente após se esconder nas cidades canadenses de Montreal e Toronto, utilizando uma identidade falsa. Em 1995, autoridades canadenses descobriram a farsa, mas Csatary fugiu para Budapeste, antes de ser detido.
"Ele nega ser culpado pelos crimes", disse Ibolya, em entrevista coletiva nesta quarta-feira. "Um de seus argumentos é que ele estava obedecendo ordens", afirmou o promotor. "Diante da gravidade do caso, mas também pela necessidade de respeitar a presunção de inocência e sua idade, o juiz pode, em um primeiro momento, autorizá-lo a ir para casa. Nesse caso, a polícia confiscaria seu passaporte", afirmou.
Membros do Centro Simon Wiesenthal, especializado na caça a criminosos de guerra nazistas, afirmam que já enviaram aos promotores provas de que Csatary foi comandante da Polícia Real na cidade de Kassa em 1944, época da transferência dos judeus. Segundo ativistas, no campo de concentração, ele batia em mulheres com um chicote que carregava em seu cinto e as obrigava a cavar trincheiras no chão congelado com as próprias mãos.
Após a vitória dos Aliados, Csatary fugiu para Kassa - agora rebatizada de Kosice, na Eslováquia. O comandante foi condenado à morte à revelia em 1948, por um tribunal tcheco, mas desapareceu misteriosamente após se esconder nas cidades canadenses de Montreal e Toronto, utilizando uma identidade falsa. Em 1995, autoridades canadenses descobriram a farsa, mas Csatary fugiu para Budapeste, antes de ser detido.
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