11/08/2012

Bombeiros tentam combater fogo em área devastada perto de Guadalajara, na Espanha


Temperaturas a 40°C ajudaram a deflagrar incêndio em vários pontos.
Fogo já destruiu mais de 132 mil hectares de florestas neste ano.

Da EFE
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A onda de calor saariano que afeta a Espanha nos últimos dias, com temperaturas recorde que em algumas cidades superam os 40 graus centígrados, reavivou os incêndios florestais deflagrados em diferentes pontos do país, especialmente no turístico arquipélago das Canárias.
As altas temperaturas, que diminuíram um pouco neste sábado (11), atuaram como um perigoso estopim do fogo que, neste ano, consumiu 132.299,89 hectares, segundo dados do Centro de Coordenação da Informação Nacional sobre Incêndios Florestais.
Bombeiros tentam combater fogo em área devastada perto de Guadalajara, na Espanha (Foto: Pedro Armestre / AFP)Bombeiros tentam combater fogo em área devastada perto de Guadalajara, na Espanha (Foto: Pedro Armestre / AFP)
Esse número não contempla os 3,3 mil hectares que ainda ardem na ilha da Gomera desde sábado passado, onde as chamas, inicialmente controladas, ganharam força na noite passada.
O incêndio avança ali a partir das áreas de Pajaritos, Las Hayas e Los Llanos de Crispín até Arure, com uma frente norte que se movimenta mais lentamente e, embora contida, segue muito ativa.
Segundo as autoridades canárias, as altas temperaturas e o vento, que tem sequências de 50 km/h, fazem com que o fogo atue de maneira imprevisível, com momentos de explosões e rápida propagação.
O incêndio que se deflagrou ontem à noite na vizinha ilha de Tenerife, entre os municípios do El Tanque e Los Silos, alcançou hoje o nível 2 de emergência e obrigou até o momento a evacuação de 400 pessoas.
As autoridades locais ressaltaram as desfavoráveis condições meteorológicas para combatê-lo, já que a temperatura oscila entre os 35 e 40 graus, a umidade está abaixo de 15% e há rajadas de vento entre 40 km/h e 60 km/h.
Outras províncias espanholas também sofrem com o ressurgimento dos incêndios florestais, como é o caso do município de O Barco de Valdeorras, em Orense, onde o fogo já consumiu 800 hectares.
Veículos aéreos e terrestres trabalham na área de Saucelle, dentro do Parque Natural de Las Arribes del Duero, um espaço natural protegido situado no noroeste da província de Salamanca, e em Ger, Girona, onde as chamas passaram para uma zona de massa florestal empurradas pelo vento.
Outros pontos da geografia espanhola, como a zona do Alto Sil, em León (noroeste) e Bustillo del Monte, em Santander (norte) sofreram com o impacto das chamas.
Em Burgo de Ebro, Zaragoza (nordeste), um incêndio iniciado na madrugada passada arrasou mil metros quadrados de mata e só foi contido pelos bombeiros duas horas depois.
Os serviços de extinção de incêndios florestais também conseguiram apagar as chamas deflagradas na terça-feira passada em Figueruela de Abajo, na província de Zamora (noroeste), que em três dias queimou 266 hectares de floresta.
Além disso, os quatro incêndios iniciados na tarde da sexta-feira em diversas zonas da região de Castilla-La Mancha, no centro do país, já foram controlados.
A Agência Estatal de Meteorologia (AEMET) prevê ainda temperaturas em torno dos 40 graus na maior parte da Espanha para as próximas horas.
Por isso, as autoridades recomendam medidas concretas para minimizar as incidências provocadas pelo calor e reduzir a possibilidade de incêndios, como evitar acender fogueiras na mata e terrenos próximos.
Pedem também que a população preste 'especial atenção aos cigarros acesos, lixos e garrafas de vidro que fazem efeito lupa com o sol'.
Uma combinação de altas temperaturas, déficit de chuva durante o inverno, o mais seco desde 1947, e uma velocidade do vento superior aos 30 km/h, são os fatores de risco que se somam na atual situação de alerta na Espanha.

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