01/08/2012

«Não» ao tráfico de escravos na Colômbia


MUNDO
Seminário

Texto E. Assunção | Foto DR | 01/08/2012 | 09:56
"O tráfico existe! Ignorá-lo é favorecê-lo", é o slogan de um seminário para defesa da vida e da dignidade humanas. Várias organizações promovem a iniciativa para prevenir e sensibilizar contra esta chaga que se está a desenvolver no país
IMAGEM
De 3 a 4 de agosto, realiza-se em Bogotá, Colômbia, um seminário sobre o tema  “Não ao tráfico de seres humanos”, organizado pela Conferência dos Religiosos da Colômbia e outras organizações que se dedicam a combater a escravatura humana. “Queremos dar visibilidade, sensibilizar e prevenir o crime do tráfico de seres humanos”, explica a coordenadora do movimento, a irmã vicentina Genoveva Nieto Guerrero. A iniciativa pretende individuar e lançar “estratégias comuns de prevenção deste flagelo que cresce de dia para dia no nosso país, se bem que as denúncias sejam pouquíssimas”, declara a religiosa.

“As vítimas não denunciam por causa do medo, de ameaças e ignorância”, acrescenta a religiosa. Os dados oficiais falam de apenas 217 casos assinalados entre 2005 e 2010. “O número é muito baixo em relação à realidade conhecida”. Não se trata apenas de prostituição e exploração sexual. São também formas de tráfico humano “o trabalho nas minas e nos campos agrícolas, o recrutamento forçado, a mendicidade e a remoção ilegal de órgãos”. Explica a coordenadora do movimento.

Através da Conferência dos Religiosos da Colômbia, a Igreja está na primeira linha, desde 2004, no combate contra este fenómeno. Segundo a religiosa, as estratégias de prevenção só poderão ser eficazes quando a sociedade civil desenvolver, a todos os níveis, “uma cultura de sanção social contra este crime”.

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