18/08/2012

Nasa define os primeiros passos e alvo do Curiosity em Marte


A bolinha azul representa o local em que se encontra o Curiosity. A vermelha, até onde ele vai se locomover (Foto: NASA/JPL-Caltech/MSSS/LANL)Cientistas da agência espacial americana (Nasa) definiram o primeiro destino do jipe-robô Curiosity na excursão que fará em Marte em busca de novas informações sobre o planeta. Além disso, escolheram o primeiro mineral que o explorador vai analisar na superfície. Os dados foram divulgados em uma teleconferência nesta sexta-feira (17).
O diretor científico do Curiosity, John Grotzinger, informou que todos os instrumentos do robô continuam em bom estado. "As coisas estão indo bem. Todos os instrumentos que estamos testando estão funcionando e estamos orgulhosos de anunciar que o DAN foi ligado hoje e operou com sucesso", disse ele.Como primeiro passo, os cientistas ligaram o instrumento Dynamic Albedo of Neutrons (DAN), um  gerador de nêutros que o Curiosity carrega em uma de suas laterais. Fornecido pela agência espacial russa ao projeto, o DAN é capaz de detectar hidrogênio. A presença de hidrogênio pode significar que há água em forma de gelo ou no subsolo, aumentando a chance de vida no planeta vermelho.
O primeiro destino do robô é um lugar chamado Glenelg, uma interseção de três tipos de terrenos que causou especial interesse nos cientistas. Eles acham que o local, situado a cerca de 400 metros a leste do robô, pode se tratar de uma plataforma de rocha adequada para a primeira perfuração.
Foi definida também a primeira rocha que o laser do Curiosity vai examinar nos próximos dias. Batizada de N165, a pedra está situada a pouco mais de dois metros do robô.
A rocha N165, a primeira a ser explorada pelo robô (Foto: NASA/JPL-Caltech/MSSS/LANL)
Um instrumento chamado ChemCam vai disparar cerca de 30 jatos de laser durante dez segundos para aquecer a rocha, até que suas moléculas se transformem em uma bola de fogo. Assim, outros instrumentos do Curiosity vão conseguir analisar os átomos que compõem o mineral.
"Nossa equipe esperou oito longos anos por este momento" disse Roger Wiens, o pesquisador principal da ChemCam. O cientista afirmou ainda que espera poder compartilhar no início da próxima semana os resultados dos primeiros disparos.
EK
Revista Época

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