05/08/2012

Professores decidem retomar as aulas, mas ficam insatisfeitos com acordo salarial


Após 115 dias, professores da rede estadual da Bahia suspendem greve

Mais de 100 escolas no estado estão paradas e devem retomar atividades na 2ª

Professores decidem retomar as aulas, mas ficam insatisfeitos com acordo salarial
Professores decidem retomar as aulas, mas ficam insatisfeitos com acordo salarial  (Divulgação/ Sindicato)
Após 115 dias, professores da rede estadual da Bahia decidiram, nesta sexta-feira, suspender a greve da categoria. Os alunos devem retornar às aulas na segunda-feira.


A paralisação, que teve início no dia 11 de abril, é considerada a mais longa da história da educação baiana e prejudicou cerca de 1,1 milhão de alunos.  No início, a maioria dos 417 municípios do estado tinha escolas paradas. Recentemente, porém, o movimento grevista dava sinais de que vinha perdendo força.
De acordo com a Secretaria de Educação estadual, há 104 unidades sem aula, o que representa 7% do total da rede. O impacto maior é registrado em Feira de Santana e Salvador. Na capital baiana, do total de 235 escolas, 72 ainda seguem paradas. 
Apesar da decisão de retomar os trabalhos na próxima semana, as lideranças grevistas afirmam não ter chegado a um acordo com a administração estadual sobre salário. Os professores pedem reajuste de 22,22% para toda a categoria - mesmo índice concedido pelo governo aos docentes sem nível superior, para que fossem enquadrados no novo piso nacional. Aos demais, foi oferecido 6,5% de aumento e duas progressões de carreira, em novembro e em março, mediante a participação em cursos de qualificação. Com os avanços, segundo o governo, os reajustes chegariam entre 22% e 25%.

A categoria optou por retomar as aulas mediante um acordo em que exige a reintegração de todos os professores demitidos em regime comprobatório (período de experiência), retirada dos processos administrativos para professores em estágio probatório e dos processos judiciais contra o sindicato, além da devolução dos quatro meses de salários cortados, em um prazo máximo de 5 dias.

Conforme a Secretaria de Educação, as aulas perdidas serão repostas aos sábados, mas ainda assim o ano letivo deve se estender até fevereiro de 2013. 

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