O Conselho Indigenista Missionário (CIMI) publicou uma nota em seu site onde desmentiu um suposto suicídio coletivo de indígenas das tribos Kaiowá e Guarani, de Pyelito, no Estado do Mato Grosso do Sul. O CIMI atribui a divulgação da notícia na imprensa e redes sociais a uma interpretação equivocada da expressão “morte coletiva” utilizada em carta divulgada pelos indígenas.
O CIMI esclarece que quando os Kaiowá e Guarani usaram a expressão “morte-coletiva”,_que é diferente de suicídio coletivo_, se referiam ao contexto da luta pela terra. Isto é, se eles forem forçados a sair de suas terras pela Justiça ou por pistoleiros contratados por fazendeiros, estariam dispostos a morrer todos nela, sem jamais abandoná-la, pois vivos não sairiam do chão de seus antepassados.
Por outro lado, o CIMI esclarece que o suicídio entre os índios Kaiowá e Guarani ocorre, já há algum tempo, sobretudo entre os jovens. Entre 2003 e 2010 foram 555, motivados porém, por situações de confinamento, falta de perspectiva, violência, afastamento das terras tradicionais e vida de acampamento às margens de estradas. Nenhum dos referidos suicídios ocorreu de maneira coletiva, organizada ou anunciada.
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