28/11/2012

Europeus intolerantes com minorias


Os resultados do primeiro estudo da União Europeia (UE) sobre discriminação de minorias, feito com base em entrevistas diretas aos imigrantes e grupos minoritários, vão ser apresentados esta terça-feira, 27 de novembro, numa reunião do Conselho da Europa, em Budapeste, na Hungria. As conclusões indicam que 24 por cento dos inquiridos foram vítimas de crime, pelo menos uma vez, nos últimos 12 meses. 

Na introdução, o diretor da Agência da UE para os Direitos Fundamentais lamenta, que apesar dos esforços dos Estados membros, os crimes de ódio - ataques verbais, físicos e homicídios provocados pelo racismo, xenofobia e intolerância para com a deficiência, a orientação sexual ou a identidade de gênero - não estejam a diminuir na União Europeia. 

Segundo a agência Lusa, o inquérito intitulado «Tornar visível o crime de ódio na União Europeia: reconhecer os direitos das vítimas», resulta de entrevistas a 23.500 elementos de grupos minoritários, nos 27 Estados membros. E permite concluir que as minorias são mais frequentemente vítimas de furtos, agressões e ameaças do que a população maioritária. 

Dos sete grupos estudados, os mais vitimizados são os cidadãos originários da África Subsaariana (33 por cento), seguidos de perto (32 por cento) pelos ciganos. Seguem-se os cidadãos da África do norte (26 por cento), da Europa Central de Leste (24 por cento), turcos (21 por cento) e russos (17 por cento). Relativamente a Portugal, o estudo revela que 11 por cento dos brasileiros e nove por cento dos cidadãos da África Subsaariana dizem ter sido vítimas de crime no país.


Fátima Missionária

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