MUNDO
Cidade do Vaticano, Roma
Texto Darci Vilarinho | Foto Lusa | 25/12/2012 | 11:08
Se na nossa vida «não resta qualquer espaço para Deus» também não haverá «espaço sequer para os outros, para as crianças, para os pobres, para os estrangeiros», disse o Papa na Missa do Galo na Basílica de São Pedro
IMAGEM
Na missa solene da meia noite, deste Natal 2012, Bento XVI recordou as populações que «vivem e sofrem» em Belém, na Cisjordânia, terra natal de Jesus, e as de todo o Médio Oriente, e pediu a para essa região e diálogo entre os fiéis das várias religiões. «Rezemos para que lá haja paz. Rezemos para que israelitas e palestinianos possam conduzir a sua vida na paz do único Deus e na liberdade»
E acrescentou: «Peçamos também pelos países vizinhos – o Líbano, a Síria, o Iraque, para que lá se consolide a paz… Que cristãos e muçulmanos construam conjuntamente os seus países na paz de Deus.»
Numa reflexão sobre o fanatismo religioso e a violência, o Papa frisou que «é verdade que o monoteísmo serviu de pretexto para a intolerância e a violência. É verdade que uma religião pode adoecer e chegar a contrapor-se à sua natureza mais profunda». Contudo – precisou o Papa, «não é verdade que o ‘não’ a Deus restabeleceria a paz. Se a luz de Deus se apaga, apaga-se também a dignidade divina do homem».
Citando a passagem do Evangelho de Lucas, onde se diz que «não havia lugar para eles (Maria e José) na hospedaria», Bento XVI pergunta: «Como reagiria eu, se Maria e José batessem à minha porta. Haveria lugar para eles?»
Diz o Pontífice que esta é «a grande questão moral sobre o modo como nos comportamos com os prófugos, os refugiados, os imigrantes» que «ganha um sentido ainda mais fundamental: Temos verdadeiramente lugar para Deus, quando Ele tenta entrar em nós? Temos tempo e espaço para Ele? Porventura não é ao próprio Deus que rejeitamos?»
Bento XVI responde à questão afirmando que, se não temos lugar para Deus, é porque nos queremos «a nós mesmos, queremos as coisas que se conseguem tocar, a felicidade que se pode experimentar, o sucesso dos nossos projetos pessoais e das nossas intenções».
«Estamos completamente ‘cheios’ de nós mesmos – prossegue o Papa - de tal modo que não resta qualquer espaço para Deus. E por isso não há espaço sequer para os outros, para as crianças, para os pobres, para os estrangeiros.»
E acrescentou: «Peçamos também pelos países vizinhos – o Líbano, a Síria, o Iraque, para que lá se consolide a paz… Que cristãos e muçulmanos construam conjuntamente os seus países na paz de Deus.»
Numa reflexão sobre o fanatismo religioso e a violência, o Papa frisou que «é verdade que o monoteísmo serviu de pretexto para a intolerância e a violência. É verdade que uma religião pode adoecer e chegar a contrapor-se à sua natureza mais profunda». Contudo – precisou o Papa, «não é verdade que o ‘não’ a Deus restabeleceria a paz. Se a luz de Deus se apaga, apaga-se também a dignidade divina do homem».
Citando a passagem do Evangelho de Lucas, onde se diz que «não havia lugar para eles (Maria e José) na hospedaria», Bento XVI pergunta: «Como reagiria eu, se Maria e José batessem à minha porta. Haveria lugar para eles?»
Diz o Pontífice que esta é «a grande questão moral sobre o modo como nos comportamos com os prófugos, os refugiados, os imigrantes» que «ganha um sentido ainda mais fundamental: Temos verdadeiramente lugar para Deus, quando Ele tenta entrar em nós? Temos tempo e espaço para Ele? Porventura não é ao próprio Deus que rejeitamos?»
Bento XVI responde à questão afirmando que, se não temos lugar para Deus, é porque nos queremos «a nós mesmos, queremos as coisas que se conseguem tocar, a felicidade que se pode experimentar, o sucesso dos nossos projetos pessoais e das nossas intenções».
«Estamos completamente ‘cheios’ de nós mesmos – prossegue o Papa - de tal modo que não resta qualquer espaço para Deus. E por isso não há espaço sequer para os outros, para as crianças, para os pobres, para os estrangeiros.»
Nenhum comentário :
Postar um comentário