14/12/2012

Cardeal-patriarca diz que Igreja tem de rejeitar visões derrotistas


D. José Policarpo defende importância de olhar mais para as pessoas do que para circunstâncias ou problemas

D.R. | D. José Policarpo
Lisboa, 13 dez 2012 (Ecclesia) – O cardeal-patriarca de Lisboa defendeu que a Igreja Católica tem de superar qualquer visão derrotista da sociedade e dar prioridade às pessoas, numa intervenção hoje publicada pelo site do patriarcado.
“Olhar a humanidade atual com amor e solicitude faz da missão da Igreja uma expressão da caridade. Convida-nos a não sermos derrotistas em relação ao mundo atual, à sociedade concreta em que vivemos”, diz D. José Policarpo, na quarta intervenção do programa 'Acreditar com o Concílio’.
Prosseguindo o ciclo de reflexões sobre o Concílio Vaticano II (1962-1965), o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa fala numa Igreja que “comunica a esperança” e se tem de centrar “nas pessoas e não apenas nas circunstâncias e problemas”.
“As alegrias e os sofrimentos dos homens têm eco no coração da Igreja. Nada do que é verdadeiramente humano lhe é indiferente”, precisa, num comentário que partiu da parte de uma passagem da constituição conciliar ‘Gaudium et Spes’ (alegria e esperança).
D. José Policarpo pede que a Igreja Católica esteja atenta “às buscas e anseios dos homens nossos irmãos, o que supõe o diálogo permanente que leva a um conhecimento mútuo”.
“Assim a Igreja pode perceber, nos anseios da humanidade, sinais do Reino, isto é, interrogações humanas que podem acolher a resposta do Evangelho”, precisa.
O patriarca de Lisboa sublinha que “amar e suscitar a esperança faz parte da missão evangelizadora da Igreja” e que as suas relações com a humanidade são “marcadas pelo amor, pela esperança que abre aqueles que procuram para o verdadeiro sentido da vida e da história”.
OC

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