Cenas de ficção com soldados biologicamente avançados graças a intervenções científicas podem não estar tão longe da realidade. Uma reportagem da revista Wired, publicada nesta quarta (26), diz que esse tipo de ação pode ocorrer mais cedo do que as pessoas pensam. De acordo com futuristas do Conselho Nacional de Inteligência dos EUA, em 2030, intervenções poderiam fornecer uma memória superior, pensamento mais rápido, além de habilidades “sobre-humanas”, como mais força, resistência e velocidade.
Qualidades que hoje são conquistadas depois de anos de treinamento poderiam ser instaladas com uma injeção de energia elétrica no cérebro, por exemplo, afirma a revista. Avanços na neurologia, farmacologia e genética serão capazes de fazer o ser humano evoluir mais rapidamente.
Segundo a Wired, os militares dos EUA não demonstram muito interesse pelos estudos de modificação biológica humana, mas há cientistas empenhados em fazer isso acontecer. Andrew Herr, de 29 anos, é um deles. Formado em Georgetown em microbiologia, física de saúde e segurança nacional, ele disse à revista que “o melhor cenário seria um aumento extraordinário na qualidade de vida do Primeiro Mundo” com o uso pacífico das tecnologias. O perigo é o uso de técnicas evolutivas sem que o conhecimento e consentimento dos “mutantes”.
Um dos estudos de Herr é relacionado ao estresse. Com dietas, injeções de hormônio, eletrochoque e terapia genética, soldados sem a habilidade inata seriam capazes de lidar melhor com situações de pânico e continuar lutando. Ele diz que as pesquisas na área ainda estão em fase de consolidação.
Da sua parte, o Conselho Nacional de Inteligência espera alguma resistência da sociedade às modificações biológicas. “Os desafios morais e éticos para melhorias humanas são inevitáveis”, afirmou, segundo a Wired.
Redação Época
(Foto: Soldados americanos treinam para combate no Afeganistão. Johannes Simon/Getty Images)
Revista Época
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