31/12/2012

Corpo de estudante que morreu após estupro coletivo é cremado na Índia


Indianos acendem velas neste domingo (30), em homenagem à jovem que morreu após sofrer estupro coletivo (Foto: AP Photo/ Dar Yasin)A estudante indiana de 23 anos que morreu em decorrência de um estupro coletivo em um ônibus em Nova Délhi, capital da Índia, foi cremada neste domingo (30). A violência cometida contra a jovem gerou uma onda de protestos violentos no país, obrigando as autoridades indianas a anunciar mudanças na política de segurança.
A cerimônia ocorreu no distrito de Dwarka, em Nova Délhi, onde a estudante morava e fazia faculdade. Apenas personalidades políticas e do círculo mais próximo de familiares e amigos estavam presentes. Há informações de que a vítima, cujo nome é mantido em sigilo pelas autoridades, cursava medicina ou fisioterapia. Policiais foram acionados para garantir a segurança no local.
O corpo da estudante foi recebido no aeroporto da capital indiana após chegar de Cingapura, onde ela morreu em um hospital na noite de sexta-feira (28). O avião foi fretado pelo governo da Índia. O primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, e a líder do partido do Congresso (governo), Sonia Gandhi, estavam no aeroporto, onde renderam tributo à jovem e transmitiram condolências a seus pais.  
O caso
Seis homens estupraram a jovem no ultimo dia 16 de dezembro, quando ela seguia viagem em um ônibus. Depois, os agressores lançaram a menina à rua com o veículo em movimento, o que lhe causou graves fraturas internas.

Os agressores, incluído o motorista do ônibus, foram presos e todos eles comparecerão perante a Justiça no próximo dia 3 de janeiro, depois que a pressão popular obrigou às autoridades a agilizar o andamento do processo. Eles foram formalmente acusados de assassinato pela polícia, segundo anúncio oficial feito neste sábado (29).
A cidade de Nova Délhi, segundo os indianos, é considerada a “capital do estupro”. Segundo dados da polícia, mais de 20 mulheres foram estupradas no período de 16 a 28 de dezembro. Uma jovem de 16 anos contou à polícia que foi estuprada depois de aceitar um refrigerante, oferecido por dois rapazes, que continha sedativo. 
Revista Época

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