24/12/2012

Natal sem festa na Mongólia



MUNDO
Especial Natal
Texto Ernesto Viscardi | Foto FM | 24/12/2012 | 07:45
Missionários da Consolata com cristãos da Mongólia
Como é que se celebra o Natal na Mongólia? Nestas terras frias e geladas, parece uma cópia fiel do Natal de Belém
IMAGEM
Embora o estilo de vida se esteja a transformar e a tornar cada vez mais citadino, a sociedade mongol afunda as suas raízes na cultura e nas tradições dos criadores de gado dos planaltos da Ásia Central. O símbolo dos pastores é a «ger», a cabana branca redonda, ideal para quem se desloca na estepe. Os animais têm uma grande importância na vida e na economia do povo. No país, há mais de 35 milhões. 

Jesus também nasceu na «estrada», quando Maria e José estavam de viagem para Belém. A narração do Evangelho informa-nos que nasceu num recinto de animais, os primeiros a acolher o recém-nascido. Poucos se deram conta do seu nascimento: além dos animais, um ou outro pastor que vagueava pelas redondezas. A notícia do seu nascimento ficou-se por ali nos 30 anos seguintes. 

Na Mongólia, país pós-comunista e de forte tradição budista, Natal é um dia como os outros. Dia de trabalho, de escola, não há festa. Além da pequena comunidade católica, muito poucos sabem o que esse dia recorda. Na verdade, as ruas enchem-se de luzes, imitando as grandes metrópoles europeias, não para recordar o nascimento do Salvador, mas para festejar o início do novo ano. 

No entanto, pelas semelhanças entre o Natal de Belém, de há dois mil anos, e o Natal que se vive na Mongólia, os poucos católicos mongóis celebram-no de uma forma simples, mas muito intensa. Reúnem-se na igreja para a missa da vigília, à volta do Senhor que nasce. É uma festa sem grandes adornos exteriores, tal como aconteceu em Belém. Sem o almoço natalício, sem os presentes para os pequenos e para os grandes debaixo da árvore de Natal. Porém, sabem bem que o maior e o mais belo presente é o próprio Deus que vem: Jesus Salvador! Esta certeza enche os corações de alegria.

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