Os observadores da ONU, no seu último relatório sobre a situação na Síria, concluíram que o conflito já é "abertamente de caráter comunitário" e que comunidades inteiras estão ameaçadas de serem eliminadas.
O confronto se estabeleceu entre grupos étnicos e religiosos. Embora seja um conflito que sempre esteve presente, agora assumiu abertamente o estado de guerra entre grupos, sobretudo os sunitas e xiitas.
O confronto se estabeleceu entre grupos étnicos e religiosos. Embora seja um conflito que sempre esteve presente, agora assumiu abertamente o estado de guerra entre grupos, sobretudo os sunitas e xiitas.
"Os outros grupos minoritários, tais com: armênios, cristãos, drusos palestinos e curdos acabaram por ficar envolvidos neste cenário de guerra. O confronto mais forte se manifesta entre o povo sunita e o alauita. O risco é tão grande que comunidades inteiras arriscam ter que fugir do país ou deixar-se dizimar", afirmam os observadores".
Por isso que, "é urgente chegar a uma negociação, porque a ameaça é de caráter existencial", dizem os observadores.
Essa comissão na ONU foi criada em 2011 pelo Conselho de Direitos Humanos. Ela não recebeu autorização oficial, da parte do governo de Damasco, para entrar no país. Apenas o presidente da comissão, o brasileiro Paulo Pinheiro, se deslocou, a título pessoal. Ele constatou o avanço da escalada da violência que já atingiu o país inteiro.
A Comissão já recolheu mais de mil provas sobre a prática de crimes de guerra e contra a humanidade, cometidos pelas forças governamentais e pelas milícias pró-regime, que se tornarão assunto para julgamento no Tribunal Penal Internacional. A oposição também está cometendo crimes de guerra, embora em escala menor. A Comissão tem os dados dos responsáveis. São documentos confidenciais, acessíveis somente ao Alto Comissariado da ONU.
Rebeldes islâmicos ameaçam cristãos
Neste domingo, a Organização para a Cooperação Islâmica (OCI) denunciou ameaças de rebeldes islâmicos contra duas localidades de maioria cristã dando ao conflito uma dimensão de caráter confessional. A organização apela para a tolerância dizendo que esse tipo de ação é contra os preceitos do islamismo. As ameaças são tão fortes que os rebeldes exigem que os cristãos se posicionem claramente contra as forças do regime e as persigam. Os cristãos na Síria chegam a um milhão e meio, alguns dos quais apoiantes no início da revolta popular, antes de se tornar organização armada. O hierarquia cristã e o povo se posicionaram a favor do regime constituído e dirigido por Bachar Al-Assad por medo dos islâmicos.
Fonte: www.lemonde.fr - www.afp.com - www.reuters.com
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