FÁTIMA
«Missa Brevis» transmitida em direto para todo o mundo
Texto Francisco Pedro | Foto Ana Paula | 06/01/2013 | 16:36
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João Gil, compositor da «Missa Brasvis»
O Superior Provincial dos Missionários da Consolata em Portugal, António Fernandes, apelou este domingo ao reforço do espírito de inclusão e acolhimento, ao fomento do diálogo e partilha da vida, à aceitação das diferenças sociais e religiosas
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«Numa casa, na família, na comunidade, não se faz tradição porque mantemos as coisas, mas porque dialogamos e partilhamos a vida. Queremos recuperar a luz da Epifania, a verdadeira luz, que nos ajude a reencontrar a vida na nossa história. Queremos sonhar juntos, perguntar-nos que tipo de vida queremos viver e construir: homens, mulheres, jovens, anciãos, povos e países diferentes. Sonhemos com este projeto de vida, de fazer o caminho para encontrar, de doar tudo o que somos», afirmou este domingo, em Fátima, o Superior Provincial dos Missionários da Consolata.
Na homilia da celebração da festa da Epifania, transmitida em direto pela RTP1 a partir da Capela do Seminário da Consolata, o padre António Fernandes serviu-se do exemplo dos Reis Magos para deixar uma mensagem de esperança e uma palavra de incentivo aos que procuram e que acreditam na luz da fé. «A realidade que vivemos, os constantes conflitos de guerra que assolam a humanidade, exemplo da Síria e do Congo», as famílias obrigadas a deixar a sua pátria, o crescimento da taxa de desemprego, a falta de perspetivas laborais dos jovens, o abandono dos idosos, «são realidades que experimentamos e que nos dão a sensação de que existe mais escuridão que luz». Mas como os magos, «conseguiremos ir em frente, na nossa luta diária, se não ficarmos parados perante a indiferença dos outros, perante os medos e receios que muitas vezes paralisam a nossa capacidade de ver e de atuar», referiu o sacerdote.
Missa cantada em Latim
Sendo a Epifania uma festa litúrgica tipicamente missionária, porque ajuda a penetrar no sentido profundo da missão universal da Igreja, António Fernandes aproveitou para realçar que a fé não tem uma só cor. «Presente nos cinco continentes, em todos os povos e culturas, é a expressão plena da comunhão que se constrói na diversidade do amor, que não exclui homens e mulheres de culturas, credos, e expressões diferentes das nossas. É nosso dever incluir. É tempo de vivermos a nossa condição de cidadãos e oferecermos a todos a vida em abundância, para que tenham condições de expressar e viver a cidadania, tão massacrada em tantos pontos do nosso planeta», sublinhou.
«É muito importante, nesta fase da humanidade, ouvirmos isto e acreditarmos que temos que abrir a porta, estarmos todos juntos e que esse é o caminho, que essa é a luz. Uma homilia que nos diz para olharmos para os outros cultos, para abrirmos a porta, aceitarmos as diferenças, recebermos as pessoas no nosso colo, é a coisa melhor que podemos ter uns para os outros. Por isso fiquei não só surpreendida, mas muito grata», afirmou à FÁTIMA MISSIONÁRIA, no final da missa, a apresentadora de rádio e administradora-executiva da Fundação do Gil, Margarida Pinto Correia.
A celebração foi animada pelo grupo Cantate, que interpretou vários cânticos em latim da Missa Brevis, composta por João Gil. O músico e compositor foi acompanhado nas vozes por Luís Represas e Manuel Rebelo, por Manuel Paulo ao piano e Diana Vinagre, no violoncelo. O mais recente trabalho de João Gil (ex-Trovante e Ala dos Namorados) foi criado com o «intuito de convidar os cristãos à oração» e de servir como «mais uma forma de intervir culturalmente no Ano da Fé através da criatividade musical».
Na homilia da celebração da festa da Epifania, transmitida em direto pela RTP1 a partir da Capela do Seminário da Consolata, o padre António Fernandes serviu-se do exemplo dos Reis Magos para deixar uma mensagem de esperança e uma palavra de incentivo aos que procuram e que acreditam na luz da fé. «A realidade que vivemos, os constantes conflitos de guerra que assolam a humanidade, exemplo da Síria e do Congo», as famílias obrigadas a deixar a sua pátria, o crescimento da taxa de desemprego, a falta de perspetivas laborais dos jovens, o abandono dos idosos, «são realidades que experimentamos e que nos dão a sensação de que existe mais escuridão que luz». Mas como os magos, «conseguiremos ir em frente, na nossa luta diária, se não ficarmos parados perante a indiferença dos outros, perante os medos e receios que muitas vezes paralisam a nossa capacidade de ver e de atuar», referiu o sacerdote.
Missa cantada em Latim
Sendo a Epifania uma festa litúrgica tipicamente missionária, porque ajuda a penetrar no sentido profundo da missão universal da Igreja, António Fernandes aproveitou para realçar que a fé não tem uma só cor. «Presente nos cinco continentes, em todos os povos e culturas, é a expressão plena da comunhão que se constrói na diversidade do amor, que não exclui homens e mulheres de culturas, credos, e expressões diferentes das nossas. É nosso dever incluir. É tempo de vivermos a nossa condição de cidadãos e oferecermos a todos a vida em abundância, para que tenham condições de expressar e viver a cidadania, tão massacrada em tantos pontos do nosso planeta», sublinhou.
«É muito importante, nesta fase da humanidade, ouvirmos isto e acreditarmos que temos que abrir a porta, estarmos todos juntos e que esse é o caminho, que essa é a luz. Uma homilia que nos diz para olharmos para os outros cultos, para abrirmos a porta, aceitarmos as diferenças, recebermos as pessoas no nosso colo, é a coisa melhor que podemos ter uns para os outros. Por isso fiquei não só surpreendida, mas muito grata», afirmou à FÁTIMA MISSIONÁRIA, no final da missa, a apresentadora de rádio e administradora-executiva da Fundação do Gil, Margarida Pinto Correia.
A celebração foi animada pelo grupo Cantate, que interpretou vários cânticos em latim da Missa Brevis, composta por João Gil. O músico e compositor foi acompanhado nas vozes por Luís Represas e Manuel Rebelo, por Manuel Paulo ao piano e Diana Vinagre, no violoncelo. O mais recente trabalho de João Gil (ex-Trovante e Ala dos Namorados) foi criado com o «intuito de convidar os cristãos à oração» e de servir como «mais uma forma de intervir culturalmente no Ano da Fé através da criatividade musical».
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