07/01/2013

Presos políticos aumentam em Cuba


MUNDO
Denuncia organização de direitos humanos

Texto Francisco Pedro | Foto DR | 06/01/2013 | 11:15
Comissão de defesa dos direitos humanos registou um aumento de 60 por cento no número de pessoas detidas por motivos políticos, em 2012. O governo cubano rejeita os dados e acusa os dissidentes de estarem ao serviço dos americanos
IMAGEM
O número de presos políticos em Cuba triplicou em dois anos e as previsões para 2013 apontam para um novo crescimento. Segundo a Comissão Cubana de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional (CCDHRN), em 2012 registaram-se mais de 6.000 detenções por razões políticas, mais 60 por cento do que no ano anterior e três vezes mais do que em 2010. 

O governo cubano rejeita estes números, alegando que os dissidentes são «mercenários» ao serviço do seu inimigo principal, os Estados Unidos da América. Mas o certo é que a maioria dos presos diz estar em reclusão por ser contra o regime e os dados da comissão, embora não possam ser comprovados de forma independente, são usados como referência por diversos organismos internacionais. 

«A não ser que ocorram imprevistos significativos», a CCDHRN prevê que durante o ano de 2013 a situação dos direitos civis e políticos, e de outros direitos fundamentais, «continuará a piorar em Cuba», disse Elizardo Sánchez, porta-voz da comissão, que apurou uma média mensal de 550 detenções temporárias em 2012, em comparação com as 343 ocorridas todos os meses em 2011. 

As autoridades cubanas continuam a afirmar que garantem todos os direitos humanos aos cidadãos da ilha, entre eles saúde e educação gratuitas. Em maio passado, o governo anunciou ter uma população prisional de 57 mil pessoas, um número inferior ao divulgado pela CCDHRN, que apontava para existência de perto de 80.000 presos.

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