Responsável da Santa Sé apela à prática da caridade e criação de mais estruturas de prevenção e diagnóstico
Cidade do Vaticano, 25 jan 2013 (Ecclesia) – A Igreja Católica desafia os fiéis a encararem este domingo o 60.º Dia Mundial da Luta contra a Lepra como uma “ocasião propícia” para a intensificação da prática da “caridade” junto dos doentes e necessitados.
Numa mensagem publicada hoje pela sala de imprensa da Santa Sé, o presidente do Conselho Pontifício da Pastoral para os Agentes de Saúde, D. Zygmunt Zimowski, recorda o exemplo de vida de Raoul Follereau (1903 – 1977), que dedicou 50 anos da sua vida à causa dos leprosos, que ele definia como “os mais pobres dos pobres”. O arcebispo polaco lembra ainda a ação do padre Damião de Veuster e da irmã Mariana Cope, dois santos da Igreja Católica, que durante a sua ação missionária no Havai, entre o final do sec. XIX e princípio do século XX, trataram e serviram inúmeras pessoas com aquela doença, na Ilha de Molokai. O representante da Santa Sé pede às comunidades cristãs que fomentem no dia 27 de janeiro “a diaconia da caridade” em prol dos mais desfavorecidos e que sensibilizem as pessoas a assumirem a atitude do “bom samaritano”, ajudando “quem têm a seu lado”. A Lepra é uma doença dermatológica, infeciosa, crónica que atinge as pessoas pelo contágio, em especial as mais frágeis que sofrem de desnutrição, falta de água potável e baixos padrões de higiene. De acordo com os últimos dados avançados pela Organização Mundial da Saúde, cerca de 220 mil pessoas contraíram a lepra em 2011 e muitos desses casos novos foram diagnosticados quando a doença já estava em fase avançada. D. Zygmunt Zimowski considera que estas informações exigem o desenvolvimento de um projeto de “formação” que sensibilize as comunidades para a “prevenção” contra o “risco de contágio” e a criação de condições para um maior “acesso às estruturas de diagnóstico”. Quando a Lepra é detetada e tratada atempadamente, evita-se a formação de úlceras, a afetação do sistema nervoso periférico, a produção de lesões graves nos pés, nas mãos e também a cegueira. Atualmente há tratamento e cura para a doença e são tratados, efetivamente, cerca de um milhão de doentes por ano. O Dia Mundial dos Leprosos foi instituído pela Organização das Nações Unidas em 1954, a pedido de Raoul Follereau, o Apóstolo dos Leprosos do século XX. A Associação Mãos Unidades Padre Damião e a Associação Portuguesa Amigos de Raoul Follereau são duas instituições que acompanham e apoiam pessoas com lepra e os seus familiares, tanto a nível nacional como internacional. JCP |
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