18/02/2013

Homilia de encerramento do encontro para voluntários JMJ


Neste fim de semana, aconteceu, na Canção Nova, um encontro para todos aqueles que trabalharão como voluntários na Jornada Mundial da Juventude.

A JMJ será uma ótima oportunidade para compartilhar as experiências de fé entre os cristãos.Temos a bênção do Papa Bento XVI, o qual nos escolheu para sediar a Jornada, e, certamente, aquele que for o escolhido como novo Pntífice a estará presidindo.
 

Aqueles que se dispuseram ao voluntariado, de coração aberto, dão belíssimo sinal daquilo que realmente faz parte da vida cristã. Não só pela Jornada, mas nos trabalhos de catequese, sociais e de evangelização.

Quantas pessoas estão se dispondo a servir os outros, doando seu tempo, seu entusiasmo! Isso é próprio do cristão católico. Para servir aos irmãos precisamos ter feito a experiência com Deus. Somos chamados, acima de tudo, a sermos voluntários de Cristo. Por isso nós louvamos o Senhor não só pelos 5 mil presentes neste encontro, mas os 60 mil que estão inscritos.


A Palavra de Deus, que ouvimos neste primeiro domingo da Quaresma, iniciamos com esses quarenta dias de jejum, penitência e esmola, procurando renovar a nossa vida e nos preparando para a Páscoa. Aproveitemos desse tempo litúrgico da Quaresma para crescermos em Cristo.
"O que nos move a servir é que aceitamos Cristo como Senhor, Dom Orani."
Foto: Maria Andréa/cancaonova.com



Agradecemos à Canção Nova, na pessoa de seu fundador, monsenhor Jonas, todo acolhimento dos cinco mil voluntários presentes nesse evento. Além do treinamento como voluntários, nós precisamos querer viver ainda mais a vida cristã. Quanto mais trabalhamos servindo os irmãos, mais nossa vida vai se convertendo e mudando. 

Somos um só, somos aqueles que creem em Cristo. Pelo fato de sermos cristãos, acolhemos a todos. Isso transforma o nosso relacionamento. Teremos entre nós jovens de países que estão em guerras; no entanto, eles se dão as mãos e rezam o Pai-Nosso juntos. Um encontro mundial nos abre as janelas e faz com que assumamos nossa identidade de cristãos católicos.

O que nos move a servir é que aceitamos Cristo como Senhor das nossas vidas. Queremos, cada vez mais, que ele reine em nossos corações. Por isso, por meio do nosso trabalho voluntário, poderemos anunciar o que Cristo fez e faz em nós e por causa d'Ele nos dispomos ao serviço.

No entanto, nós temos pecados. E o Evangelho nos recorda que o deserto é lugar do encontro com Deus, mas é também o lugar da tentação. No deserto da nossa vida, essas tentações são de todos nós. O poder está sempre nos tentando, querendo que sirvamos ao maligno.

O fato de crermos não quer dizer que não teremos aflições e tribulações.

Por isso, meus irmãos, esse tempo da Quaresma é propício para nos reconciliar com Deus e lutar para vencer as tentações que o maligno nos oferta. Cristo lavou-nos com Seu sangue para que pudéssemos com Ele ressuscitar.

Colocamo-nos alegres diante de Deus em primeiro lugar, reconhecendo que somos fracos, pecadores e precisamos do Senhor para continuar em Seu caminho.

Vocês são os primeiros frutos da Jornada antes mesmo dela ter acontecido.

Foi o Espírito Santo que plantou em vossos corações o desejo de servir a Cristo, Senhor das nossas vidas, trabalhando com disponibilidade e generosidade na Jornada Mundial da Juventude.

Transcrição e Adaptação: Cristiane Viana


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Dom Orani João Tempesta 
Arcebispo do Rio de Janeiro (RJ) e Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Cultura, Educação e Comunicação Social da CNBB

Canção Nova

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