No acumulado dos últimos 12 meses, Fortaleza atingiu 8,27%, ficando atrás somente de Belém, com 8,77%
A inflação oficial em Fortaleza, mensurada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15), registrou 0,74% em fevereiro, desacelerando na comparação com janeiro, que anotou 1,17%. Com isso, ao somar os últimos 12 meses, a Capital cearense é a segunda com maior alta sobre os preços do Brasil, com 8,27%, atrás apenas de Belém, com 8,77%. No acumulado de 2013, o registro foi de 1,92%.
Em âmbito nacional, o IPCA-15 atingiu 0,68%, no entanto, analistas afirmam que, sem a queda nas tarifas de energia, a alta seria de 1,13% FOTO: ALEX COSTA
Embora tenha desacelerado, a expectativa é de que, em março, o índice apresente nova retomada, e um dos vilões deve ser a mensalidade das escolares particulares de Fortaleza. Conforme informou o Sinepe-CE (Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Ceará), o aumento, no próximo mês, deve variar entre 9 e 13%.
No País
Em âmbito nacional, as medidas de fevereiro desaceleraram em relação às taxas apuradas em janeiro, tanto no IPCA-15 como no IPCA fechado daquele mês (0,86%). É o que mostram cálculos do Besi Brasil enviados ao AE Projeções ontem, logo após o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informar o IPCA-15 de fevereiro: 0,68%.
Energia ajudou
Se não houvesse queda de 13,45% nas tarifas de energia elétrica, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) de 0,68% em fevereiro chegaria 1,13% e seria o mais alto para o mês desde os 2,19% de igual período de 2003. Cálculos das consultorias Tendências e LCA apontam que, sem a redução e com uma estabilidade nas tarifas de energia, haveria um incremento de 0,45 ponto porcentual no IPCA-15 deste mês.
Ainda se fosse desconsiderada a queda no preço da energia, o IPCA-15 seria mais que o dobro do IPCA-15 de fevereiro de 2012, de 0,53%, e acima dos 0,97% de igual período de 2011.
Segundo a economista Alessandra Ribeiro, mesmo com a queda de preços na energia, o indicador de difusão, que ficou em 71%, "reforça que a dinâmica da inflação continua ruim".
Diário do Nordeste
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