14/03/2013

HSI revela que dois terços da população brasileira são contra testes em animais

Na última segunda-feira, 11 de março, a União Europeia (UE) implementou a proibição da venda de cosméticos recém-testados em animais. A Humane Society International (HSI), uma das maiores organizações de proteção animal do mundo, usou a data simbólica para pedir que o governo brasileiro siga o exemplo e adote medidas para acabar com testes em animais para cosméticos em todo o país.

O pedido é reforçado com uma recente pesquisa realizada a pedido da organização que revela que a grande maioria dos brasileiros se importa bastante com a questão. Os resultados mostram que dois terços da população apoia a proibição nacional do uso de animais para testes de produtos de beleza.
Proibição

,Testes em animais para cosméticos são proibidos na UE desde 2009 e agora a venda de cosméticos contendo ingredientes recém-testados em animais em outros países também fica proibida no bloco. Restrições similares foram promulgadas em Israel e estão em discussão na Índia. A HSI lançou uma campanha global chamada “Liberte-se da Crueldade” para garantir que nenhum coelho, porquinho-da-índia ou qualquer outro animal seja submetido a testes angustiantes e dolorosos por causa de um novo produto de beleza. A organização também promove essa campanha no Brasil.

"Os testes em animais para cosméticos são desnecessários e desumanos", disse Helder Constantino, gerente da campanha “Liberte-se da Crueldade” no Brasil. "A proibição dos testes acabará com o sofrimento de inúmeros animais de laboratório que são submetidos a doses altíssimas de produtos químicos que são aplicados nos olhos ou na pele desses animais. Se esses testes forem proibidos, os consumidores poderão escolher e comprar cosméticos estando seguros de que não estarão apoiando esse tipo de crueldade".

Com a nova legislação da UE em vigor, a proibição dos testes em animais no Brasil também removerá uma barreira comercial ao permitir que empresas brasileiras vendam seus cosméticos na Europa. A HSI pede ao governo brasileiro que reconheça que a proibição de testes em animais será benéfica para todos e que tome medidas o mais rápido possível.

Pesquisa
A pesquisa de opinião encomendada pela HSI, conduzida pelo IBOPE, revela que:

 Uma vasta maioria – 66% – dos brasileiros apoia uma possível proibição nacional dos testes em animais para cosméticos e seus ingredientes no Brasil, que seja compatível com as proibições já em vigor na União Europeia e Israel.

A maioria dos brasileiros – 61% – concorda com a seguinte afirmação: testes provocam dor e sofrimento aos animais e que isto não vale a pena para testar a segurança dos cosméticos, especialmente quando milhares de ingredientes seguros já existem e estão disponíveis no mercado.

Apenas 26% da população acredita que as empresas devem ser livres para desenvolver e testar novos ingredientes de cosméticos em animais, para promover a criação de novos produtos e entrar em mercados que a experimentação animal é necessária, como a China.

A maioria dos brasileiros – 66%– acredita que as empresas de cosméticos que dizem estar comprometidas com a sustentabilidade, proteção do meio ambiente e uso de ingredientes naturais ou orgânicos também devam garantir que eles não testam seus produtos em animais.

Mercado brasileiro
O mercado brasileiro de cosméticos é o que cresce mais rapidamente em todo o mundo. Diretrizes nacionais brasileiras ainda recomendam uma série de testes em animais para a avaliação de segurança de novos produtos e ingredientes. No entanto, a HSI e seus parceiros estão confiantes de que o Brasil vai avançar com a utilização de métodos alternativos por meio  da Rede Nacional de Métodos Alternativos (RENAMA). O Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico está investindo R$ 1,1 milhões na RENAMA para que as alternativas a testes em animais aprovadas internacionalmente estejam disponíveis para as empresas brasileiras.

O site da ONG Projeto Esperança Animal (PEA – www.pea.org.br) divulgou uma lista de empresas brasileiras de cosmésticos que atestaram, via documento, que não realizam testes em animais. Segundo o site “(...) esse compromisso formal, analisado sob a legislação brasileira, garante certo conforto de que as empresas declarantes realmente não testam em animais”. Segue abaixo a lista:

Abelha Rainha; Acquaflora; Adcos; Afro Nature (cosméticos); Ag Fragrâncias; Água de Cheiro; Akla; Allumé/Sunshine; All Vida;  Amend; Amy Nolah; Anaconda;  Anantha; Antídoto; Arte dos Aromas; Atelier do Banho;  Avora; Bel Col; Bioderm; Bio Extratus; Bio Manthus; Biozenthi; Botanic; Br Beauty; BuonaVita; Caleti; Class; Clorofitum; Coferly; Contém 1g; Cosinter; Dahuer; Davene; Driss; Dr. Tozzi; Éh Cosméticos; Elemento Mineral; Embelleze; Emoly; Essence de La Vie; Est; Esthetic; Eudora; Extrato da Amazônia/Natuphitus; Extratophlora; Farmaervas; Feito Brasil; Felicittá Looks; Florestas; Gota D' Orvalho; Granado; Guararapes; Hair Fly; I Like Professional; Impala; Inspiração Perfumes; Jeune Fleur; Jequiti; Koloss; Korai; Lavalma; L’aqua di Fiori; Leite de Rosas; Lunablu; Mahogany; Mairibel; Max Love; Memphis; Multi Vegetal; Mutari; Nasha; Nativa Biocosméticos; Natura; Natural Line; Natustrato; Nazca;  Niasi;  O Boticário; OX;  Racco; Reserva Folio; Royal Shower; Sensória; Shizen; Sther; Surya Henna; Terractiva; Unisoap; Van'Art; Valmari; Vinotage; Vita-a; Vita Derm; Vitalabor; Vult; Weleda do Brasil.

Com a divulgação dos nefastos efeitos desses testes em animais, a população cada vez mais se conscientiza de seu papel como consumidor responsável. É o caso da secretária Joana Martins que comovida com o sofrimento imposto aos animais veta qualquer tipo de produto de empresas que façam uso desse tipo de teste. “Não compro e não uso. Felizmente, percebi através do site da PEA que as principais empresas de cosméticos brasileiras não realizam testes em animais. Fico muito feliz em ver as empresas em sintonia com o sentimento, que acredito ser mundial, de que o sofrimento de animais é desnecessário para a produção de itens de beleza”, pondera.

Liberte-se da Crueldade
Para comemorar o fato de que a UE se tornará o maior mercado de cosméticos livre de crueldade do mundo, a HSI lançou a semana “Liberte-se da Crueldade” no dia 11 de março deste ano. A semana será promovida globalmente e terá foco na conscientização dos consumidores. No Brasil, a iniciativa também pede que a indústria de cosméticos nacional abandone a experimentação animal de uma vez por todas. Os consumidores serão convidados a mostrar seu apoio assinando uma declaração online disponível em hsi.org/libertersedacrueldade e também serão convidados a assistir um vídeo de animação provocante chamado “Bright Eyes”<http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=dtyJl6Fd9tE> – Olhos Brilhantes. O vídeo, que foi cedido pela organização australiana “Choose Cruelty Free” e será lançado no YouTube, mostrará os testes em animais a partir da perspectiva de um coelho chamado Warren.

Para participar da semana “Liberte-se da Crueldade” e ajudar a acabar com o sofrimento dos animais que são usados para testes de cosméticos no Brasil, e no resto do mundo, assine a declaração aqui: hsi.org/libertesedacrueldade.

Humane Society International e suas organizações parceiras constituem juntas uma das maiores e mais importantes organizações de proteção animal do mundo. Por mais de 20 anos, a HSI vem lutando para a proteção de todos os animais por meio de trabalhos de conscientização, educação e programas práticos. HSI: Celebrando todos os animais e confrontando a crueldade em todo o mundo: hsi.org/libertesedacrueldade.

Com informações de Helder Constantino da Humane Society International e do site www.pea.org.br

Contato para a imprensa: Helder Constantino, +55 (21) 8342-4163, hconstantino@hsi.org
Última atualização: 13/03/2013 às 11:26:22

Boa Notícia

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