Itália: Exposição televisiva do Sudário

Papa Francisco gravou videomensagem

D.R. Lisboa, 30 mar 2013 (Ecclesia) –A Catedral de Turim acolhe hoje a segunda exposição televisiva do sudário que segundo a tradição envolveu o corpo de Jesus após a sua morte, numa emissão mundial  entre as 18h00 e as 20h00 (menos uma em Lisboa). O portal de notícias do Vaticano revelou que o Papa Francisco gravou uma videomensagem para exposição televisiva do Santo Sudário, iniciativa realizada com a colaboração da RAI 1,. O sudário é um pano de linho com 4 metros e 36 centímetros de comprimento por 1 metro e 10 centímetros de largura. A iniciativa de hoje acontece quase 40 anos depois da primeira exposição televisiva que foi transmitida, ao vivo, no dia 23 de novembro de 1973. Mais de 2 milhões de peregrinos provenientes de todo o mundo estiveram diante do sudário em 2010, ano em que esteve exposto ao público e recebeu a visita de Bento XVI. Para o arcebispo de Turim, D. Cesare Nosiglia, o sudário é o “ícone do Sábado Santo, que não revela somente o sofrimento de Cristo, mas também a sua fé no amor do Pai que o faz ressuscitar da morte”. Desde sexta-feira está disponível na internet um aplicação oficial para smartphones e tablets dedicada ao sudário, em italiano, espanhol, inglês e português. O programa inclui conteúdos especiais, com uma função de zoom para ver o pano com maior detalhe. O sudário foi submetido, em 1989, ao teste do carbono-14 em três laboratórios da Suíça, Estados Unidos e Reino Unido, cujos resultados datavam o tecido como sendo do período 1260 a 1390. Vários especialistas criticaram os testes, frisando que os três pedaços do tecido que foram cortados, naquela ocasião, para servir de amostra para o teste, eram das pontas, ou seja, a parte pela qual o manto foi suspenso nas várias ocasiões em que foi apresentado aos fiéis ao longo dos séculos. A agência italiana para as novas tecnologias e desenvolvimento sustentável (ENEA) revelou em 2011 os resultados de cinco anos de investigação sobre a formação da imagem que se vê no sudário, tentando a sua reprodução. “A imagem dupla (frente e verso) de um homem flagelado e crucificado, pouco visível no pano de linho do Sudário de Turim, tem muitas características físicas e químicas, (…) é impossível de obter em laboratório “, afirmaram os especialistas da ENEA. OC