12/03/2013

Novo Papa: Cardeais fechados na Capela Sistina


 começa a eleição do novo Papa

Procissão e juramento de segredo antecederam entrada no local onde decorrem os escrutínios

Centro Televisivo do Vaticano | Monsenhor Guido Marini fecha as portas da Capela Sistina
Cidade do Vaticano, 12 mar 2013 (Ecclesia) - Os 115 cardeais eleitores do Conclave que vai eleger o novo Papa encontram-se reunidos à porta fechada na Capela Sistina desde as 16h34 (hora de Lisboa), onde decorrem os escrutínios, após a procissão inaugural e o juramento.
Todas as pessoas estranhas à eleição saíram após a ordem ‘Extra Omnes’ (todos fora), do mestre das celebrações litúrgicas (monsenhor Guido Marini), que fechou a porta por dentro, permanecendo apenas este e o eclesiástico escolhido para apresentar uma meditação sobre a importância do momento, o cardeal maltês D. Prosper Grech.
Os eleitores reuniram-se no Palácio Apostólico do Vaticano, junto à chamada Capela Paulina, para o rito de entrada do Conclave e a procissão até à Capela Sistina.
A eleição é dirigida pelo primeiro cardeal na ordem de precedência, atualmente D. Giovanni Battista Re, prefeito emérito da Congregação para os Bispos, que preside também aos momentos previstos pela liturgia própria.
“Toda a Igreja, unida a nós na oração, invoca sem cessar a graça do Espírito Santo para que seja eleito por nós um Pastor digno de todo o rebanho de Cristo”, referiu a oração para o início da procissão.
Participaram nesta cerimónia o secretário do Conclave (D. Lorenzo Baldisseri), o vice-camerlengo (D. Pier Luigi Celata), o auditor geral da Câmara Apostólica (D. Giuseppe Sciacca) e dois membros de cada um dos colégios dos protonotários apostólicos [cónegos das basílicas papais], dos prelados auditores da Rota Romana [tribunal] e dos prelados clérigos da Câmara Apostólica [Santa Sé], bem como os cerimoniários [assistentes] e a Capela Musical Pontifícia.
Os cardeais rumaram à capela Sistina, rezando a ladainha dos Santos, onde tomaram os seus lugares e entoaram o hino ‘Veni, creator Spiritus’, que invoca a ajuda do Espírito Santo.
Os presentes prestaram conjuntamente um juramento de “segredo” sobre o que diz respeito à eleição do Papa e comprometer-se a desempenhar fielmente a sua missão caso sejam escolhidos como o novo pontífice.
“Invoco como testemunha Cristo Senhor, o qual me há de julgar, que o meu voto é dado àquele que, segundo Deus, julgo deve ser eleito”, referiu posteriormente cada um dos cardeais, com a mão sobre o livro dos Evangelhos.
O Centro Televisivo do Vaticano vai filmar a chaminé da Sistina para acompanhar em direto a saída do fumo que indica o resultado das eleições: branco, se houver maioria de dois terços [77 votos, neste caso], ou negro, se a votação tiver sido inconclusiva.
Caso os cardeais decidam proceder a um primeiro escrutínio, esta tarde, o resultado será comunicado através do fumo, seguindo-se a recitação da oração de vésperas e o regresso à Casa de Santa Marta, no Vaticano, onde residem durante este período.
A Praça de São Pedro reúne centenas de pessoas, à chuva, que esperam peloa 'fumata' da primeira votação.
O Conclave reúne à porta fechada cardeais de 48 países, incluindo dois portugueses: D. José Policarpo, cardeal-patriarca de Lisboa, e D. Manuel Monteiro de Castro, penitenciário-mor da Santa Sé.
O sucessor de Bento XVI, que renunciou ao pontificado, será o 50.º Papa da Igreja Católica nos últimos 500 anos, desde a eleição de Leão X a 19 de março de 1513.
OC/RJM
Notícia atualizada às 16h37

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