12/04/2013

Caridade sem Verdade, benemerência humana


Escuta-se de tudo neste mundo. Cada vez mais, cada um diz o que bem entende e ai de quem contradizer aqueles que julgando estar na verdade, arvoram-se em critério do mundo.
A Igreja também tem tipos assim...: leigos, religiosos, sacerdotes e até bispos, não se assustem nem se escandalizem.
Pontificam com um "magisteriozinho" pessoal, fundamentando-se em suas opiniões, ou no que os outros gostam, ou no que a maioria faz, ou no que disse tal e qual "teólogo" (sempre aqueles que contradizem o que o Magistério oficial da Igreja ensina). Enfim, alguns estribam-se até mesmo em alguns documentos de determinadas Conferencias Episcopais, escritos em épocas de confusão, com linguagem dúbia, contradizendo o "sensus fidei", alguns deles autenticas aberrações. Quem os contradiz, é imediatamente considerado e tachado de fundamentalista. 
Tempos difíceis, especialmente marcados pelo relativismo moral, pela busca irresponsável de uma inculturação litúrgica, que rebaixa o Mistério aos níveis de um reles sincretismo, pela confusão doutrinal, fundada na aceitação tácita de que a Fé cristã é uma entre tantas outras válidas, pela pura e simples adoção de princípios ideológicos incompatíveis com a visão cristã do homem e do mundo. Tempos difíceis, que já duram demais. 
Talvez falte-nos ainda a firmeza que não se contrapõe à caridade: antes, a promove na Verdade. Caridade sem Verdade, no máximo, é pura benemerência humana, superficial, que não muda nem melhora nada. Pobre Igreja, se lhe fazem pregar a Caridade sem a Verdade... Corre o risco de tornar-se, como alertou o atual Papa Francisco, em uma ONG..

  1. *Bispo diocesano de Frederico Westphalen - RS

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