23/05/2013

Câmara Municipal homenageia Sindicato dos Jornalistas do CE pelos 60 anos

Em sessão solene, proposta pela vereadora Toinha Rocha (PSOL), a Câmara Municipal de Fortaleza, presta homenagem ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Ceará (Sindjorce), nesta quarta-feira (22), às 19h30. O sindicato completa, no próximo dia 26 de maio, 60 anos de fundação. Na solenidade de hoje, cinco jornalistas que marcaram as diversas fases do Sindicato também receberão o  reconhecimento do Sindicato e da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj). Os homenageados são: Ana Márcia Diógenes, Edmundo Maia (in memoriam), Messias Pontes, Mauro Benevides e Paulo Bonavides. 
 
Professor emérito da Universidade Federal do Ceará (UFC), Paulo Bonavides foi um dos fundadores e o primeiro presidente do Sindjorce. Por iniciativa dele, em 9 de abril de 1951, foi criada a Associação Profissional dos Jornalistas do Ceará, que se transformou em entidade de classe dois anos depois. 
 
Outro jornalista associados nos primeiros anos do Sindjorce é o deputado federal pelo PMDB do Ceará, Mauro Benevides, vice-presidente da Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados.Sua atuação foi fundamental para a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) nº 33/09, que restitui a obrigatoriedade da formação superior específica em Jornalismo como critério de acesso à profissão. a PEAC foi aprovada em dois turnos pelo Senado e tramita agora na CCJ da Câmara.
 
Messias Pontes, membro da Comissão de Ética do Sindjorce é também diretor de Comunicação da Associação de Amizade Brasil-Cuba do Ceará, editor do programa Espaço Aberto da rádio Cidade AM e jornalista da TV Ceará. Messias é também anistiado político e membro do Comitê Estadual do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e preside a Comissão da Verdade, Memória e Justiça dos profissionais perseguidos pela ditadura militar no Estado.
 
A jornalista Ana Márcia Diógenes, coordenadora do escritório para os estados do Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Foi oficial de comunicação do Unicef, redatora da Assessoria de Comunicação da Assembleia Legislativa, repórter da TV Cidade, correspondente do Jornal do Brasil, chefe de Reportagem da TV Jangadeiro, diretora regional da TV Manchete Fortaleza e diretora de Redação do jornal O Povo.
 
Edmundo Maia integrou a diretoria do Sindjorce como tesoureiro. Tem uma marcante história em defesa das liberdades democráticas. Foi o jornalista que, no Ceará, deu a primeira notícia sobre o golpe militar. Correspondente do jornal Última Hora (RJ) e responsável pela cobertura do assassinato sob tortura do ferroviário José Nobre Parente, que segundo versão oficial teria se suicidado no 2º Distrito Policial, Edmundo Maia foi um dos jornalistas perseguidos no Ceará pelo regime militar. Integrou os quadros do Sindicato, militância lhe valeu perseguições. Faleceu aos 63 anos, no dia 19 de fevereiro de 1993, em decorrência de infarto agudo do miocárdio, bronquite aguda e enfizema pulmonar, as duas últimas enfermidades contraídas no cárcere da ditadura militar. Deixou viúva Terezinha Furtado Maia e o filho Fernando Antônio Furtado Maia que, a exemplo do pai, é jornalista profissional e filiado desde a sua formatura ao Sindjorce.
 
Fonte: Sindjorce - www.sindjorce.org.br

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