10/05/2013

Crianças aprendem sobre inclusão e diversidade por meio do teatro


Adital
O espetáculo "Um amigo Diferente?”, assistido por mais de três mil pessoas no Rio de Janeiro em 2011, está de volta aos palcos. A turnê que teve início em abril já passou por Belo Horizonte e Juiz de Fora (MG). Segue agora para Brasília, nos dias 10 e 11 de maio; em Santos (SP); nos dias 17 e 18; e finaliza suas apresentações em São Paulo nos dias 24 e 25 de maio.
O musical é considerado um marco na história do teatro infanto-juvenil brasileiro por ser o primeiro a contar com total acessibilidade prevista por lei: descrição audiovisual completa das cenas, intérprete de Língua Brasileira de Sinais (Libras), visita guiada pelo cenário, programas em braile para cegos e assentos reservados para cadeirantes. Todas as apresentações são gratuitas.
A peça, que é encenada por atores do grupo Os Inclusos e os Sisos - Teatro de Mobilização pela Diversidade um projeto de arte e transformação social da Escola de Gente, passa uma divertida lição de amizade e inclusão, com música e alto astral. Tudo isso através da história de Lucas, 9 anos, que é considerado esquisito pelos seus vizinhos e colegas e sai em busca da amizade verdadeira. Nessa jornada, ele descobre que quanto mais diferentes são as pessoas, mais a vida é divertida.
Dirigido por Marcos Nauer, com letras musicadas pela cantora Maria Gadú, e baseado no livro homônimo da jornalista, palestra e escritora Claudia Werneck, fundadora da ONG Escola de Gente – Comunicação Inclusão e idealizadora do projeto. Claudia, que já escreveu vários livros sobre inclusão, discriminação e diversidade, teve ação pioneira na disseminação do conceito de sociedade inclusiva no Brasil e outros países da América Latina.
O espetáculo, que teve início em abril deste ano, ultrapassou o público esperado em Belo Horizonte e Juiz de Fora, em Minas Gerais. "O público foi acima do esperado quase se esgotaram as sessões, mais de mil alunos estiveram presentes. Nós temos depoimentos de alunos com e sem deficiência, muitos que foram pela primeira vez ao teatro, alunos que tiveram sua primeira experiência com práticas de acessibilidade”, disse Claudia Maia, coordenadora técnica da Escola de Gente.
A Escola de Gente-Comunicação em Inclusão tem todas suas publicações e projetos voltados para a inclusão e diversidade. "As publicações da escola não são só em tinta, mas também em outros formatos onde todos possam ter acesso. Nós trabalhamos com a lógica de que a sociedade é feita de pessoas com e sem deficiências”, ressaltou Claudia.
Segundo a coordenadora, o custo para montar o projeto é alto, ainda mais por causa dos profissionais que trabalham com acessibilidade. "O orçamento custa caro, pois muitas das cidades onde a peça será apresentada não possuem profissionais na área de acessibilidade”.
Para a entrevistada, o Brasil ainda não é um país de cultura inclusiva, mas se colocarmos em prática as leis existentes chegaremos a ser. "O Brasil possui muitas leis que garantem o direito ao lazer, educação, mobilidade e cultura, mas muitas não saem do papel, se isso se inverter estaremos caminhando para uma sociedade inclusiva”.
Confira o roteiro da peça completo no site: http://www.escoladegente.org.br/agendadetalhe.php?idagenda=231

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