23/05/2013

DIÁRIO DE BORDO

Por Carlos Alenquer

Faltam mesmo quantos dias? Inaugurada quando faltavam mil dias para a abertura da copa do Mundo, a ampulheta da Coca-Cola recebeu, numa das primeiras colunas deste Diário, uma definição até suave, tendo em vista o quanto o estranho objeto enfeiou a praça da Liberdade, local em que foi instalada: uma trapizonga que não respeitava a importância do local na história da arquitetura da cidade. Tendo o palácio da Liberdade ao fundo e as palmeiras ao redor – talvez para dar a imponência que os marqueteiros do xarope desejavam obter com a homenagem – a nota rendeu algumas opiniões, quase todas fora do local apropriado; ou seja, em e-mails para o autor do Diário, em vez de posts na seção de Comentários. Em todas elas, profissionais de várias áreas e até funcionários do governo do Estado e da Prefeitura concordavam com os termos da nota, e condenavam a colocação do display promocional em local tão inadequado.

Um dos e-mails sugeria a organização de um flash mob contra a permanência do cronômetro eletrônico na Praça. Como ele é bem mais alto do que largo, calcula-se que com apenas umas dez pessoas seja possível abraçar tal descalabro e – improvável mas possível – até ganhar uma primeira página nos jornais da cidade. Quem entende de Facebook que se movimente. (Nota disponível no http://www.domtotal.com/noticias/detalhes.php?notId=604896)

As poderosas da Forbes. O que irritou os fãs do prestígio brasileiro no exterior, na lista das mulheres mais poderosas do mundo da revista Forbes, não foi o fato de Dilma Rousseff estar uma posição atrás da imbatível alemã Angela Merkel. Menos ainda estar à frente de Melinda Gates e de Hillary Clinton; nem os 25 postos à frente da argentina Christina Kirchner. O que eles reclamam é que Maria das Graças Foster, presidente da Petrobras, ficar atrás de Beyoncé e a linda Gisele Bündchen somente chegar em em 95o. lugar.

Conosco ninguém podemos. A transcendental discussão sobre a ida de Neymar para o Bacelona tem – como diriam os sociólogos – um viés equivocado. Parreira, supervisor da Canarinha, boleiro experimentado, andou alardeando que o jogador deveria ir logo para o Barcelona para se entrosar com jogadores que têm uma visão profissional mais avançada, maior responsabilidade em seus deveres – além do que vieram de uma escola em que aprendem que o importante é a equipe e não seus maravilhosos passes, dribles e efeitos especiais de cai-cai. No entanto, na hora em que se falou de um técnico estrangeiro para drigir a Seleção, o mesmo supervisor foi contra, dizendo que no Brasil temos técnicos mais do que experimentados para a difícil tarefa de evitar o duplo Maracanazo nas copas das Confederações e na do Mundo. Nada mais falso. Se existe alguém no futebol que precisa aprender alguma coisa é justamente o profissional que dirige o time. Mas isso é duro de reconhecer, posto que Parreira é um deles.

Para o técnico, nossos coachs são os melhores que existem e ajudam a transformar o futebol brasileiro no mais importantes de toda a história do esporte. Prova disso é a experiência europeia de Wanderley Luxemburgo (na certidão Vanderlei sem W nem Y) e de Felipão (nascido Luiz Felipe Scolari).

Observando como se comportaram os dois na Espanha e em Portugal, é que os alemães despacharam os espanhóis e vão fazer (sábado, 15h45m, dia 25, em Wembley, com transmissão in loco da ESPN) a final da Uefa Champions League.

“Pode chorar / pode chorar…”. Como diz o samba que é quase hino do Atlético, a parceira do Cruzeiro pagou com traição e tocou o hino do rival pelos alto-falantes do Mineirão depois do jogo, A diretoria do clube diz que, na casa da Raposa, Galo não deveria cantar. Mas antes tem que combinar com o adversário. No caso, a Minas Arena, que nunca deve assistido nem pela TV um jogo no Camp Nou; lá, jamais o som do estádio tocaria o hino do Madrid – ainda mais se os merengues fossem campeões.
Redação Dom Total
Carlos Alenquer começou como jornalista (repórter e redator de rádios e jornais) em Fortaleza, depois no Rio e em Belo Horizonte. Migrou para a propaganda, mas continuou colaborando em vários jornais e revistas. Tem dois livros publicados: Anúncios (Achamé, Rio) e 21 Poemas (Mazza, BH).

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