22/05/2013

Papa reza pelos católicos da China


O Papa lembrou hoje no Vaticano as comunidades católicas na China, pedindo as orações da Igreja para que possam “ser fiéis” apesar das dificuldades que encontram.
“Convido todos os católicos no mundo a unir-se em oração com os irmãos e as irmãs que estão na China, para implorar a Deus a graça de anunciar com humildade e com alegria Cristo morto e ressuscitado, de serem fiéis à sua Igreja e ao sucessor de Pedro (Papa)”, disse, num apelo deixado no final da audiência pública semanal que reuniu dezenas de milhares de pessoas na Praça de São Pedro.
Francisco recordou que na sexta-feira vai ser celebrada a memória litúrgica da Virgem Maria, auxílio dos cristãos, “venerada com grande devoção no Santuário de Sheshan”, em Xangai.
O Papa deixou votos de que os católicos chineses possam “viver o seu dia a dia no serviço ao seu país e aos seus concidadãos de modo coerente com a fé que professam”.
“Nossa Senhora de Sheshan, apoia o compromisso de quantos na China, entre as fadigas quotidianas, continuam a crer, a esperar, a amar, para que nunca tenham medo de falar de Jesus ao mundo e do mundo a Jesus”, rezou.
Francisco pediu ainda que a Virgem Maria ajude os católicos chineses nos seus compromissos “cada vez mais preciosos aos olhos do Senhor” e faça crescer “o afeto e a participação da Igreja que está na China no caminho da Igreja universal”.
Pouco após a eleição do Papa argentino, o cardeal John Tong, bispo de Hong Kong, revelou que Francisco lhe manifestou a sua atenção pela vida dos católicos chineses e disse mesmo que estes estão no seu “coração”.
O cardeal Tong evocou o momento que se seguiu ao final das votações no Conclave, quando o Papa cumprimentou os presentes: “Beijou-me a mão para demonstrar o seu amor e a sua devoção pela nossa Igreja, um beijo que me comoveu muito”.
O bispo de Hong Kong ofereceu a Francisco uma estátua da Virgem de Sheshan, que este levou para o seu quarto.
A China felicitou o Papa pela sua eleição, mas exortou o Vaticano a tomar "medidas práticas e flexíveis" para melhorar as relações com Pequim.
A Santa Sé revelou em outubro de 2012 a intenção de reforçar o diálogo com a China, criando uma “comissão permanente” para esse fim, e espera que o regime de Pequim responda à carta enviada por Bento XVI em 2007 ao país asiático.
Nessa missiva, o agora Papa emérito referia-se a “um controlo indevido, exercido sobre a vida da Igreja”.
Para o restabelecimento de relações diplomáticas, a China exige que o Vaticano deixe de reconhecer Taiwan como país independente e aceite também a nomeação dos bispos chineses por parte da Associação Patriótica Católica (APC), controlada por Pequim.
Esta organização do regime foi criada em 1957 para evitar interferências estrangeiras, em especial da Santa Sé, e para assegurar que os católicos viviam em conformidade com as políticas do Estado.
O Vaticano considera ‘ilegítimos’ os bispos que receberam jurisdição da APC, sem autorização do Papa.
OC

Agência Ecclesia

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