24/05/2013

Premiada campanha contra mutilação genital

MUNDO
tribuído pela família real da Bélgica

Texto Francisco Pedro | Foto Oxfam.ca | 24/05/2013 | 07:47
Bogaletch Gebre, ativista e fundadora do Kembatti Mentti Gezzimma
Ativista etíope foi distinguida com o Prémio Internacional Rei Balduíno pela campanha que tem desenvolvido para erradicar a mutilação genital feminina, uma prática generalizada em África e no Médio Oriente
IMAGEM
O empenho na erradicação da mutilação genital feminina na Etiópia valeu à ativista Bogaletch Gebre a conquista do Prémio Internacional Rei Balduíno, no valor de 450 mil euros, atribuído pela família real da Bélgica. Nos últimos 10 anos, a premiada contribuiu para reduzir o número de circuncisões femininas em bebés recém-nascidas, de 100 para três por cento, revelou o comité de seleção. 

A mutilação genital feminina é uma prática generalizada em muitas comunidades de África e do Médio Oriente, utilizada culturalmente para garantir a virgindade das mulheres e assegurar que estão prontas para casar. Gebre tem conseguido fazer frente aos tabus enraizados na população. 

«Papá, tu viveste o teu tempo. Este é o nosso momento, o momento dos nossos filhos» e «não queremos matá-los. Espero que sejas suficientemente sábio para aceitar isso», refere a mensagem que a ativista tem transmitido à comunidade de anciões que promovem a circuncisão feminina. 

O grupo fundado pela ativista, Kembatti Mentti Gezzimma (KMG), tem-se centrado na organização de «conversas comunitárias» em zonas da Etiópia onde os níveis de analfabetismo são mais altos e a mutilação genital era uma prática «endémica». Este enfoque permitiu a redução drástica de casos, na área de influência da associação.

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