18/06/2013

A cada hora, três pessoas morrem ou são mutiladas pelo tráfico ilícito de órgãos

Adital
Pelo menos três pessoas são mutiladas ou assassinadas a cada hora em todo o mundo por causa do tráfico de órgãos, que consiste na venda ilícita de partes do corpo para pessoas que precisam de um transplante, segundo números estimados pela Organização Mundial de Saúde.
De acordo com a OMS, atualmente os transplantes cobrem apenas 10% da demanda global de órgãos, pelo qual, uma de cada 10 intervenções deste tipo se baseia no comércio ilegal de partes do corpo, onde o mais vendido é o rim.
A maioria das vítimas é homem de aproximadamente 30 anos de idade –provenientes de países como Índia, China, Romênia, Paquistão, Brasil e Turquia- e com renda anual abaixo de 500 dólares.
Em alguns casos, a venda do órgão é voluntária: deste modo o doador busca melhorar sua situação financeira. Segundo indicou a organização Organs Watch, um hindu pode receber cerca de mil dólares no mercado negro pelo seu rim; um romeno, dois mil e 700 dólares; um turco, até 10 mil dólares. Os clientes, por sua vez, pagam aos "mediadores” até 200 mil dólares.
Porém, os especialistas destacam que em muitos casos os transplantes se realizam sem o consentimento dos doadores. Os agenciadores adotam crianças para vendê-las logo, sequestram famílias e inclusive, aldeias inteiras oferecendo-lhes, por exemplo, um suposto trabalho no exterior.
Outro método é aliciar pessoas de poucos recursos em negócios fraudulentos ou emprestar-lhes dinheiro para logo ameaçá-los de levar o problema da dívida a juízo caso não entreguem seu rim ou seu bebê recém-nascido.
Diante da situação, a OMS planeja criar uma rede global de transplantes. Esta organização deverá dedicar-se a vigiar a origem dos órgãos doados, supervisionar as respectivas legislações em âmbito mundial e garantir o intercâmbio de órgãos doados entre os diferentes países do mundo sempre que seja necessário.

A notícia é de TeleSUR

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