A 55. edição da Exposição Internacional de Arte de Veneza é hoje inaugurada oficialmente, com 88 representações nacionais, entre as quais Portugal, Brasil e Angola, que participa pela primeira vez.
O evento internacional de arte contemporânea tem como tema geral "O Palácio Enciclopédico", escolhido pelo curador Massimiliano Gioni, para evocar o artista ítalo-americano Marino Auriti, que, em 1955, esboçou um projeto de museu imaginário, com a intenção de reunir todo o conhecimento do mundo, desde a invenção da roda ao satélite.
Além das representações nacionais, a Bienal integra ainda a mostra internacional com obras de 150 artistas de 37 países, e uma programação paralela de dezenas de debates e eventos culturais, até 24 de novembro.
Nesta edição da Bienal de Veneza, Portugal é representado pelo projeto "Trafaria Praia", da artista Joana Vasconcelos, comissariado por Miguel Amado, numa organização da Direção-Geral das Artes, entidade tutelada pela Secretaria de Estado da Cultura.
O projeto português consistiu na transformação de um cacilheiro antigo em pavilhão flutuante, que se encontra desde segunda-feira na Riva dei Partigiani, em Veneza, junto aos Giardini.
Com uma intervenção têxtil no interior e rodeado de uma aplicação em azulejos pintados à mão, com uma vista panorâmica sobre Lisboa, o cacilheiro vai circular na lagoa veneziana duas vezes por dia, para o público em geral, às 10:30 e às 16:00, segundo a programação.
A 55. Exposição Internacional de Arte da Bienal de Veneza irá abrir ao público hoje, às 10:00 locais (09:00 em Lisboa), e a cerimónia do anúncio dos prémios está marcada para as 11:00.
O júri internacional é presidido pela britânica Jessica Morgan, curadora da Tate Gallery de Londres, e ainda composto pelos curadores Sofía Hernández Chong Cuy (Mexico), Francesco Manacorda (Itália), Bisi Silva (Nigeria) e Ali Subotnick (Estados Unidos).
Os prémios a atribuir são os dois Leões de Ouro, para a melhor participação nacional e para o melhor artista da Mostra Internacional "O Palácio Enciclopédico", e o Leão de Prata, para um jovem artista emergente, na mesma exposição.
Lusa
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