São Paulo. De acordo com a decisão publicada ontem, 21, no site do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, o juiz federal Pedro de Araújo, responsável pelas investigações sobre o boato do cancelamento do Bolsa Família, determinou o arquivamento do processo, por não verificar "nenhuma comprovação adequada de que o crime em investigação tenha sido praticado".
Rumores sobre o cancelamento do Bolsa Família levaram milhares de pessoas às agências da Caixa Econômica nos dias 18 e 19 de maio FOTO: NATINHO RODRIGUES
A Polícia Federal encerrou as investigações sobre o caso no dia 12 de julho, após constatar que o boato "foi espontâneo não havendo como afirmar que apenas uma pessoa ou grupo os tenha causado".
Os boatos sobre um possível cancelamento do Bolsa Família causaram corre-corre e levaram milhares de beneficiários às Casas Lotéricas e agências da Caixa Econômica Federal no fim de semana de 18 e 19 de maio. Segundo a Polícia Federal, os rumores foram causados por "um conjunto de fatores desassociados", entre eles a antecipação do calendário de pagamento pela Caixa.
Farpas
A apuração da responsabilidade sobre os rumores provocou troca de farpas entre governo e oposição. O líder do DEM na Câmara, deputado Ronaldo Caiado (GO), protocolou uma representação conta a ministra da Secretaria dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, na Comissão de Ética Pública da Presidência da República, pedindo a apuração da conduta da ministra.
Maria do Rosário escreveu em sua conta na rede social Twitter que os rumores deveriam ter-se originado na "central de notícias da oposição". No início da semana, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, chegou a comentar que os boatos foram uma "coincidência".
Diário do Nordeste
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