16/07/2013

Avança projeto contra furtos de arte sacra


As dioceses de Leiria-Fátima, Guarda, Setúbal e Portalegre e Castelo Branco serão as primeiras a iniciar o projeto de inventariação de arte sacra nos tempos religiosos, desenvolvido pelo Secretariado Nacional dos Bens Culturais da Igreja (SNBCI), com o apoio financeiro da Fundação Calouste Gulbenkian. O objetivo é combater o «flagelo» do furto de artigos religiosos das igrejas. 

Segundo Sandra Costa Saldanha, do SNBCI, citada pela agência Lusa, o projeto surge da necessidade de registar os milhares de peças de arte sacra que existem em Portugal e de «apetrechar» as dioceses com os meios técnicos necessários para realizarem os inventários. As primeiras quatro dioceses deverão iniciar os trabalhos entre setembro e outubro deste ano. A segunda fase, alargada a outros bispados, está agendada para 2014. 

Atualmente, os sinos são um dos objetos mais furtados das igrejas em Portugal. Além dos sinos, furtam-se também órgãos, caixas de esmolas, custódias, talhas douradas, retábulos inteiros, cantarias exteriores, pias batismais, imagens de santas, cálices, esculturas, crucifixos, coroas de imagens e até os paramentos dos padres, refere Sandra Saldanha. 

A Polícia Judiciária registou 30 furtos em locais de culto, durante o primeiro trimestre deste ano, e a área de jurisdição da Diretoria do Norte foi, naquele período, a que registou mais ocorrências do gênero. De acordo com fontes policiais ouvidas pela Lusa, há igrejas roubadas em plena luz do dia por falsos turistas com mochilas, e há templos rurais arrombados pela calada da noite.


Fátima Missionária

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