405 jovens e adultos vão realizar este ano projetos de voluntariado missionário em países em desenvolvimento e 1073 em Portugal, revelou hoje a Fundação Fé e Cooperação (FEC), da Igreja Católica, em comunicado enviado à Agência ECCLESIA.
Este é o maior número de voluntários em missão fora de Portugal desde que a FEC começou a publicar dados relativos a estas iniciativas, em 2003.
A organização precisa que 114 pessoas partem para Moçambique, 98 para Cabo Verde e 69 para Angola; São Tomé e Príncipe acolhe 48 voluntários, a Guiné-Bissau 31, o Brasil 25 e Timor-Leste 14.
Além dos países lusófonos, três voluntários marcam ainda presença no Perú, um nas Honduras, um em El Salvador e um outro na República Centro Africana.
Os dados são resultado de um inquérito feito às 61 entidades que integram a Rede de Voluntariado Missionário coordenada pela FEC, das quais 37 (menos sete que no ano passado) enviam voluntários em missão.
Educação/formação, animação sociocultural, pastoral, construção de infraestruturas e saúde são as áreas de intervenção das entidades que atuam nos países em desenvolvimento, promovendo ações de voluntariado missionário.
350 pessoas vão fazer voluntariado nos países em desenvolvimento, integradas em projetos considerados de curta duração, ou seja, entre 1 a 6 meses; 55 pessoas dedicam um ou dois anos da sua vida ao voluntariado para a cooperação de inspiração cristã.
A maioria dos voluntários que parte para missões internacionais é estudante (49%), tem entre os 18 e os 25 anos (65%); e é do sexo feminino (69%).
“É de salientar que 20% dos voluntários de curta duração estão empregados e disponibilizam as suas férias para desenvolver projetos de voluntariado em países em desenvolvimento”, sublinha a FEC.
A organização católica acrescenta que “jovens em idade ativa pedem licenças sem vencimento e desempregam-se para partir em missões de longa duração”.
Dos voluntários que dedicam 1 ou mais anos ao voluntariado missionário, 38% têm entre os 18 e os 25 anos.
A área de “educação/formação” é a que tem maior intervenção e as crianças são o público-alvo preferencial.
“Aprendizagem de novas formas de estar/ser e vontade de continuar a dar apoio a projetos locais a partir de Portugal” são as principais transformações sentidas pelos voluntários, refere a FEC.
A fundação, ligada à Conferência Episcopal Portuguesa, acrescenta que “participar num projeto de voluntariado missionário dá aos voluntários a oportunidade de se envolverem num processo de educação não-formal, que os torna cidadãos ativos, atuantes e comprometidos com a transformação da realidade social, em benefício do bem comum”.
Em Portugal, os voluntários trabalham com crianças, jovens e idosos, na área da animação sociocultural (72%), da pastoral (58%) e da educação (55%).
A FEC dinamiza a Rede do Voluntariado Missionário desde 2002 que a FEC e, anualmente, reúne os dados que contribuem para as estatísticas desta realidade “que se tem vindo a consolidar ao longo dos últimos 24 anos em Portugal”.
OC
Agência Ecclesia
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