A Associação dos Arqueólogos Portugueses, um investigador angolano e um cantor lírico italiano são os vencedores da edição 2013 do Prêmio Internacional Terras Sem Sombra, promovido pela Diocese de Beja.
O galardão, inserido no festival de música sacra “Terras Sem Sombra”, distingue este ano os arqueólogos portugueses pelo seu trabalho de “salvaguarda do patrimônio cultural”, Pedro Vaz Pinto, na área da “conservação da natureza”, e Enzo Dara, na categoria da “promoção da música”, refere um comunicado da organização, enviado à Agência ECCLESIA.
Segundo o diretor geral do Terras Sem Sombra, a escolha dos vencedores obrigou a uma “enorme ponderação por parte do júri”, uma vez que o prêmio e os laureados simbolizam “o expoente máximo daquilo que o festival pretende alcançar”.
José António Falcão recorda que “a valorização da música, como uma das expressões mais belas do espírito humano, a defesa do patrimônio cultural em risco e a salvaguarda dos tesouros da biodiversidade são os eixos dinamizadores” do certame.
“Tomar como exemplo referências cimeiras destas três realidades faz-nos desejar ir cada vez mais longe”, realça o responsável pelo Departamento do Patrimônio Histórico e Artístico da Diocese de Beja.
O Prêmio Internacional Terras Sem Sombra 2013 vai ser entregue este sábado a partir das 18h00 na Casa da Cultura da Comporta, durante uma cerimônia presidida pela irmã do rei D. Juan Carlos I de Espanha e duquesa de Badajoz, a infanta Pilar de Borbón, que é também a patrona do festival deste ano.
A Associação dos Arqueólogos Portugueses, “uma das mais antigas instituições de salvaguarda do patrimônio cultural de Portugal, comemora este ano século e meio de trabalho ininterrupto em prol da cultura”, refere a nota da organização.
Além de se ter assumido como ponto de encontro dos mais ilustres arqueólogos e historiadores do país, destacou-se também pelo seu “papel pioneiro na vigilância dos monumentos e sítios, cuja classificação promoveu”.
Um dos seus principais projetos foi a organização do Museu Arqueológico do Carmo, nas ruínas do convento do mesmo nome, em pleno coração de Lisboa.
No que diz respeito ao angolano Pedro Vaz Pinto, nascido em Luanda em 1967, destacou-se em 2003 com o lançamento do “projeto de conservação da Palanca Negra Gigante, visando a sobrevivência deste simbólico e raro animal, considerado quase extinto”.
“O trabalho, com resultados notáveis”, sublinham os promotores do Prémio Terras Sem Sombra, “tem dado prioridade a atividades de campo em áreas remotas, essenciais à preservação da espécie; à ligação com as comunidades e instituições públicas da tutela; à criação de laços fortes com financiadores privados; e à investigação científica nos domínios da ecologia, da demografia e da genética”.
Quanto a Enzo Dara, nascido na cidade italiana de Mântua em 1938, “é um dos mais importantes cantores líricos da sua geração, particularmente admirado pelas interpretações das obras de Rossini, notáveis veículos para a expressão de um excecional talento como ator cômico e de um sentido único da musicalidade”.
JCP
Agência Ecclesia
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