«A UNICEF está naturalmente preocupada com a situação que as crianças portuguesas estão a viver porque [com] o desemprego, a capacidade econômica das famílias tem vindo a ser muito afetada», afirmou esta terça-feira, 23 de julho, a diretora em Portugal do Fundo das Nações Unidas para a Infância. Em declarações à agência Lusa, Madalena Marçal Grilo alertou para a necessidade das medidas de austeridade terem em conta os efeitos na vida dos mais novos.
Segundo a responsável, há muitas famílias em que ambos os cônjuges estão desempregados, o que tem «um efeito negativo na disponibilidade que os pais têm para as suas crianças». Neste sentido, a UNICEF advoga como fundamental uma análise prévia e cuidada às medidas de austeridade, pelas consequências que podem ter na vida dos menores, a médio e a longo prazo.
Apesar das dificuldades econômicas que o país enfrenta, os portugueses continuam a ajudar a UNICEF. «São generosos e contribuem. O que acontece é que estão a atravessar uma fase difícil e é natural que as contribuições tenham vindo a diminuir». No entanto, há doadores a continuar a ajudar, não só esta organização internacional, mas também outras causas, pois «há muitos anos que o fazem e querem continuar a fazê-lo», referiu Madalena Marçal Grilo.
Fátima Missionária
Nenhum comentário :
Postar um comentário