30/09/2013

Papa condena terrorismo e extremismo religioso

O Papa Francisco condenou hoje no Vaticano todas as formas de violência com motivação religiosa, em particular o terrorismo, evocando as vítimas destes atos e das guerras em todo o mundo.
“Não pode haver qualquer justificação religiosa para a violência, seja qual for o modo em que esta se manifesta”, disse, perante os participantes do 27º encontro internacional pela paz, promovido pela comunidade católica de Santo Egídio.
A comitiva foi composta por responsáveis cristãos, judeus, islâmicos e hindus, para além de representantes do mundo laico.
O Papa pediu orações pela paz no mundo, em particular na Síria e no Médio Oriente.
“Não podemos resignar-nos perante a dor de populações inteiras, reféns da guerra, da miséria, dos abusos; não podemos assistir indiferentes e impotentes ao drama de crianças, famílias, idosos atingidos pela violência”, declarou.
Francisco pediu ainda que os líderes religiosos não deixem que o terrorismo “aprisione o coração de uns poucos, violentos, para semear dor e morte a tantos”.
A iniciativa internacional procura manter vivo o espírito do encontro de oração pela paz promovido por João Paulo II em 1986, na cidade italiana de Assis, que reuniu líderes de várias religiões.
O atual Papa considerou a iniciativa do futuro santo como “histórica”, num mundo “ainda marcado pelas divisões de blocos antagónicos”, elogiando o esforço da comunidade de Santo Egídio para que este não fosse um “ato isolado”.
“Precisamente nestes meses, sentimos que o mundo tem necessidade do espírito que animou esse encontro histórico, porque tem muita necessidade de paz”, disse Francisco, que esta sexta-feira se vai deslocar a Assis.
Francisco apelou à “coragem do diálogo” para que se chegue à paz e se abandonem “os horizontes estreitos dos próprios interesses”.
“É vital que (o diálogo) cresça, que se alargue entre as pessoas de todas as condições e convicções como uma rede de paz que protege o mundo e, sobretudo, protege os mais fracos”, acrescentou.
O Papa evocou a “herança” do primeiro encontro de Assis, mantida viva nas várias edições deste encontro internacional que se vai prolongar até terça-feira, no auditório da Via da Conciliação, perto do Vaticano.
OC

Agência Ecclesia

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