04/10/2013

Francisco apela ao fim dos conflitos armados e ao respeito pela natureza

O Papa apelou hoje em Assis ao fim dos conflitos armados, em particular na Síria e todo o Médio Oriente, pedindo também respeito pela natureza, segundo os ensinamentos de São Francisco.
“Respeitemos todo o ser humano: que cessem os conflitos armados que ensanguentam a terra, calem-se as armas e que, por toda a parte, o ódio dê lugar ao amor, a ofensa ao perdão e a discórdia à união”, declarou, na homilia da missa a que preside na praça em frente à Basílica de Assis, com a participação de milhares de pessoas.
Francisco recordou “o grito dos que choram, sofrem e morrem por causa da violência, do terrorismo ou da guerra” na Terra Santa, na Síria, em todo o Médio Oriente e no mundo.
O Papa faz hoje uma viagem à cidade italiana de Assis, no dia da festa litúrgica de São Francisco (c. 1181-1226), que nasceu naquela região da Úmbria e inspirou Jorge Bergoglio na escolha do nome para o pontificado.
“Daqui, desta Cidade da Paz, repito com a força e a mansidão do amor: respeitemos a criação, não sejamos instrumentos de destruição”, declarou.
O Papa falou de São Francisco como um homem de “harmonia e de paz”, mas deixou alertas para o que considera serem interpretações equívocas do legado franciscano.
“Na ideia de muitos, São Francisco aparece associado à paz e está certo, mas poucos o fazem em profundidade. A paz franciscana não é um sentimento piegas. Por favor, este São Francisco não existe! E também não é uma espécie de harmonia panteísta com as energias do cosmos... Também isto não é franciscano”, alertou.
A intervenção destacou “o amor pelos pobres e a imitação de Cristo pobre” na vida do santo de Assis como “elementos indivisivelmente unidos”.
“O santo de Assis dá testemunho do respeito por tudo o que Deus criou e que o homem é chamado a guardar e proteger, mas sobretudo dá testemunho de respeito e amor por todo o ser humano. Deus criou o mundo, para que seja lugar de crescimento na harmonia e na paz”, disse Francisco.
A homilia deixou uma referência especial ao facto de São Francisco ser padroeiro da Itália e assinalar a festa litúrgica do santo de Assis com o “gesto tradicional da oferta do azeite para a lâmpada votiva” que se encontra na cidade.
Após a missa, o Papa vai deslocar-se para o centro de acolhimento da Cáritas, junto à estação ferroviária de Santa Maria dos Anjos, para almoçar com os pobres que ali são assistidos.
OC

Agência Ecclesia

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