
A Igreja não pode esquecer «a grave problemática que envolve o trabalho e a sua necessidade para o sustento e a realização da humanidade». «Vivemos e sofremos tempos difíceis a este respeito. Enquanto responsáveis eclesiais, cabe-nos uma palavra, mesmo que sucinta, para iluminar evangelicamente esta nova ‘questão social’, que tão arduamente nos desafia a todos», afirmou o prelado no discurso de abertura da 183ª Assembleia Plenária da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP).
Para Manuel Clemente, este é um «autêntico desafio civilizacional», com impacto na «sociedade que urge construir», com menos desigualdades, «com outra organização do trabalho face às profundas mudanças tecnológicas, que tantas vezes o reduzem ou dispensam», face «às exigências irrecusáveis de populações inteiras, que na Europa, pretendem basicamente trabalhar e viver, senão mesmo sobreviver».
No lançamento de mais uma assembleia episcopal, o presidente da CEP referiu-se ainda a outro documento que vai estar em análise, uma carta pastoral intitulada «Visão cristã da sexualidade - A propósito da ideologia do gênero», recordando que o cristianismo «vê na complementaridade homem–mulher a base imprescindível do que a humanidade há de ser». Na Igreja Católica, «nada impomos, mas propomos», sublinhou Manuel Clemente, esperançado em que a verdade, «enquanto adequação racional à realidade», faça «o seu curso nas consciências e nas atitudes, quer nos costumes quer na própria legislação». O encontro decorre até quinta-feira, dia 14 de outubro.
Fátima Missionária
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